
Com o coração voltado para a paz, o diálogo e o fortalecimento dos laços nacionais, Angola acolheu, com esperança renovada, o Congresso da Reconciliação, uma iniciativa promovida pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). O evento, que vai reunir líderes religiosos, representantes da sociedade civil, académicos e figuras políticas, representa um marco importante na caminhada do país rumo à unidade e à cura das feridas históricas.
Todos os participantes do congresso que se realiza nos dias 6,7,8 e 9 devem pensar no seguinte “Reconciliação: Caminho para a Paz, Justiça e Desenvolvimento”, o congresso surgiu como uma resposta concreta à necessidade de consolidar os valores da convivência pacífica e da solidariedade nacional, após décadas marcadas por conflitos e divisões. A CEAST, na sua missão pastoral e social, reafirma com esta iniciativa o seu compromisso com a construção de uma Angola mais fraterna, inclusiva e reconciliada.
Os participantes vão debater temas cruciais como a justiça social, o perdão, os direitos humanos, a memória histórica e os desafios da juventude. Palestras, mesas-redondas e momentos de oração ecuménica compuseram a programação, criando um espaço de escuta e partilha entre diferentes vozes da nação.
Dom José Imbamba, presidente da CEAST, destacou na missa de abertura no Santuário: “Não há reconciliação sem verdade, nem paz duradoura sem justiça. Este congresso é um convite a olharmos uns para os outros como irmãos, a reconstruirmos juntos os alicerces do nosso país com base no respeito, na inclusão e no amor ao próximo.”
O congresso também vai destacar às feridas ainda abertas nos corações de muitas famílias angolanas, propondo caminhos de reparação e reconhecimento da dor vivida por milhares de cidadãos ao longo da história recente. Organizações de vítimas, antigos combatentes e jovens engajados numa Angola melhor devem participar ativamente, partilhando testemunhos e propostas para um futuro comum mais justo.
Com a realização deste congresso, fica o apelo para que a reconciliação não seja apenas um tema de conferência, mas um compromisso de cada angolano. A CEAST pretende que os frutos deste encontro seja levados às dioceses e comunidades locais, com ações concretas de formação, diálogo e apoio à coesão social.
Viva o Congresso da Reconciliação! Viva Angola reconciliada! Viva a paz!
Jornalista Siona Júnior