Quinta-feira, Julho 18, 2024

SUPERIORA GERAL DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS DE INGOLSTADT SATISFEITA COM A MISSÃO DAS MISSIONÁRIAS EM ANGOLA.

Em 15 anos a missão resultou em quatro irmãs angolanas, duas noviças, uma casa de formação religiosa, uma creche e um complexo escolar.

Por: apostolado
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A Superiora Geral das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt está em Angola vida da Casa Geral em Ingolstadt , Alemanha, para sua missão de vistas de acompanhamento e auscultação às comunidades e participar das grandes celebrações ao redor do mundo.

 

De 5 a 26 de Dezembro e ela esteve, em Luanda capital do país, a Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas diz que uma destas celebrações que a levou àquele país é a consagração das primeiras irmãs angolanas.

Superiora Geral da Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt  Irmã Maria Clara Massaranduba, são Zeno , Luanda , Angola.

” Na minha função de Superiora Geral é preciso acompanhar as comunidades, ouvir as irmãs, ouvir as comunidades e participar das grandes celebrações, participar dos grandes eventos.

Neste momento os grandes eventos foi as primeiras angolana, que fizeram os primeiros votos de consagração à vida religiosa, são as nossas primeiras quatro irmãs angolanas e duas jovens que entraram para o noviciado. Então eu vim para receber, em nome da Igreja este compromisso que elas fizeram, inclusive, no documento em que é registado a esse compromisso.”

Questionada sobre como avalia o trabalho das irmãs em Angola em 15 anos, a religiosa contou a história da vinda e presença da congregação em Angola que remontam o ano de 2028 e destacou a emissora dos primeiros votos religiosos das jovens angolanas.

 

“Faz 15 anos desde que as irmãs chegaram em Angola, faz parte de uma iniciativa feita juntos com os Irmãos Franciscanos da Ordem dos Frades Menores, numa grande missão que a Igreja Católica tem feito com outras congregações também. Temos muitas congregações e trabalharmos juntas. e aquela decisão lá em 2008 foi marcar essa presença aqui, acompanhar o povo, que faz parte da nossa vida como missionários , assim levar o carisma para outros povos.

E assim nós tomamos essa iniciativa, vieram a Irmã Claudina Dalmora,e a Irmã Ana da Luz ,no primeiro momento, e e!as permanecem até hoje. E várias outras irmãs passaram por aqui, e agora os primeiros frutos são estas jovens que aqui então. Nós entendemos que estamos a cumprir com a nossa missão de evangelizarmos e de partilhar o que Deus nos deu.”

 

Questionada sobre a sua impressão sobre a missão e o que significa para ela como Superiora Geral da Congregação, a consagração das primeiras Irmãs Franciscanas de Ingolstadt angolanas, a missionária brasileira disse ser um facto indiscritível e difícil de definir. Todavia agradece a Deus pelo facto bem como agrade o povo com quem diz que as irmãs aprenderem muito, pois receberam mais do que deram a esta comunidade.

Superiora Geral da Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt  Irmã Maria Clara Massaranduba

” Olha, é indiscutível até, e difícil de definir. Porém o que eu digo é o seguinte: sabe aquele canto que diz assim: que nós recebemos mais do que damos?! Então nós viemos para partilhamos o carisma que Deus nos concedeu, mas nós aprendemos muito com o povo, muito mesmo. Então sim, ficamos muito felizes, porque agora quatro jovens fortalecem o nosso team, o nosso grupo como Irmãs, mas descrever exactamente o que significa é difícil, é uma pergunta bem difícil que você fez, eu só tenho que louvar a Deus, nós agradecemos, porque nós aprendemos muito com o povo, e recebemos mais do que damos.”

 

A irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas diz que os frutos do trabalho das irmãs em 15 anos em Angola, sobretudo em Luanda na Paróquia de São Zeno e também na Paróquia de São Lucas situam-se dentro das expectativas.

 

” Eu digo que o trabalho das irmãs está dentro das expectativas, porque há congregações que tiveram irmãs com menos tempo do que 15 anos e há outras que estão mais tempo e que não têm ainda irmãs consagradas. Então, nós estamos, digamos assim, na média das expectativas. Mas nós estamos cientes de que isso e iniciativa de Deus. Então é no tempo de Deus. Entendemos que em 15 anos ter quatro jovens consagradas está de bom resultado, se for a chamar de resultados, mas o Reino de Deus não são resultados, no Reino de Deus nós colocamos a nossa oferta, a nossa disposição, Deus faz se quiser e quando quiser. Então para nós, louvamos e está dentro das expectativas”.

As irmãs Franciscanas de Ingolstadt em Angola estão em Luanda na paróquia de São Zeno, no Capolo II , principal casa de onde são originárias as quatro angolanas consagradas no dia 9 de Dezembro e as duas admitidas no noviciado a 8 de Dezembro deste ano, e noutra comunidade da Paróquia de São Lucas no Palanca, subúrbios de Luanda, as Irmãs trabalham na pastoral como catequese e assessoria dos grupos e movimentos apostólicos.

Mas também trabalham na pastoral social, na educação e ensino desde a primeira infância ao ensino médio. E para tal, elas contam com a Creche São Marcos e o Complexo Escolar com o mesmo Padroeiro ” São Marcos” na Paróquia São Zeno ” até Dezembro de 2020 era Centro de São Marcos pertencente à Paróquia de São Lucas” as irmãs Franciscanas de Ingolstadt possuem ainda a casa de formação para o noviciado, na Paróquia de São Lucas.

 

” Nós temos duas casas, uma aqui no Capolo II e a outra lá no Palanca.

Então aqui as irmãs trabalham a creche, aqui é casa mãe, a primeira casa em Luanda, em Angola. E lá no Palanca, temos uma casa de formação, lá está direccionado para a formação das jovens, elas fazem a formação com outras congregações também, o internoviciado, o intr-postulantado, então uma casa de formação lá no Palanca”.

 

Como que é e feita esta formação multi ou inter congregacional? Sabemos que no Palanca também se encontram as irmãs Monjas de Santa Clara.

 

“Sim as Irmãs Clarissas têm o carisma próprio das Clarissas, porque nós somos as Irmãs Franciscanas de  Ingolstadt , e os carismas na Igreja são como se fossem famílias. São todos parecidos, mas cada um tem a sua própria organização. Então nós temos parceira com as Clarissas. Por exemplo, a celebração dos votos das irmãs foi lá no seu mosteiro, então nós nos ajudamos mutuamente, e acontece com todas congregações. Isso é uma solidariedade que nós temos entre todas as congregações.

Agora, a formação propriamente dita, nós fazemos entre Alemanha e Brasil, com as nossas irmãs, então nós temos várias irmãs que participam na formação das nossas jovens angolanas, estudando a história da igreja, estudando a história da Congregação, e tantos outros assuntos que sãos precisos na formação integral de irmãs brasileiras ou alemãs que fazem via internet, e às vezes presencial também quando as irmãs vierem.

Recentemente nós tivemos a ex Superiora Geral, a Irmã Paula Crentes, que foi Superiora geral por 18 anos, ela esteve aqui do dia 2 a 13 de Novembro, em companhia da Conselheira Geral, a Irmã Clarice Butler , ela veio fazer visita às Comunidades , para ouvir também as irmãs , ver em que pode colaborar melhor e a irmã Paula veio especialmente para orientarmos retiro para as jovens  em preparação para essa festa de consagração. Então essa troca experiências entre as irmãs é em tempo integral. Inclusive temos aqui a Irmã Delma Lusovei, que trabalha como assessora do Conselho Geral está aqui há quase um ano, e vai ficar ate Julho de 2024, dando todo apoio, para a missão daqui. A organização, fazendo a ponte entre as irmãs para comunicação virtual, eu mesma me comunico muitas vezes, as irmãs participam aqui das assembleias, dos cursos que são feitos via internet, Angola está sempre incluída.”

 

Sobre a possibilidade de abrir comunidades noutros países de África a missionária disse que a nesse é grande mas de momento os trabalhadores são poucos, mas não há por enquanto tal pretensão. Todavia, manifestou a interacção e as esperanças nas primeiras quatro jovens angolanas consagradas este mês, para a expansão da missão por África.

 

” O desejo de expansão da congregação por África existe, porém é preciso repetir. A nesse é grande, mas os operários são poucos, por isso que essas quatro jovens, fazerem os votos religiosos é esperança nossa de poder sim ampliar, a nossa missão aqui em África. No momento para 2024 a 2028 que é o Governo de que eu sou Superiora Geral que começou em 2022 e vai até 2038 são seis anos, nesse plano de trabalho que nós temos, não há previsão de abrir novas comunidades. Mas queremos fortalecer, e estudar sim a possibilidade, mas por enquanto não temos irmãs preparadas para ampliar a missão. Então não há esta expectativa no momento”.

 

No dia 08 de Dezembro de 2023 as irmãs Marcelina Domingos Junqueira e irmã Victória André foram admitidas ao Noviciado.

 

No dia 09 de Dezembro de 2023 as irmãs Ginga Inês João, Isabel More Elizandra João Zecai, Pedro Lutumba Filipe, Cristina Armindo Lourenço Quissanga  fizeram a Profissão Religiosas (primeiros os votos) no Mosteiro das Irmãs Clarissas no  Bairro Palanca.

E no dia 17 de Dezembro forma as seis irmãs apresentadas na comunidade de São Zeno sua paróquia de origem.

 

Da esquerda para a direita, em São Zeno.

1-Irmã Ginga Inês João “consagrada”

2- Irmã Isabel Mais Elizandra João Zecai “consagrada”

3- Irmã Marcelina Domingos Junqueira. “noviça”

4- Irmã Luísa Pedro Lutumba Filipe “consagrada”

5- Irmã Cristina Armindo Lourenço Quissanga “consagrada”

6- Irmã Victória André “noviça”                                                  

Á  frente, no meio.

7- Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas

 

“As quatro jovens que agora fizeram os primeiros votos religiosos agora vão fazer parte da nossa comunidade como irmãs, não para sempre, mas já são chamadas irmãs e fazem parte do nosso grupo, então elas, estão tratando o visto para o Brasil, elas vão ter a formação, até para conhecerem as outras comunidades, e fazerem a formação nesse tempo que nós chamamos de juniorato, que dura em média quatro anos. Não menos. Pode ser prorrogado, mas não menos. Isso significa que se elas continuarem respondendo, e nós também podemos participar desta formação toda. Daqui a quatro anos termos uma grande festa, e aí sim elas farão parte do nosso grupo para sempre. Aí aquela frase que a Superiora Geral diz: de hoje em diante terás tudo connosco. Isso é como um casamento definitivo daqui o quarto anos.

Instada a pronunciar algumas palavras para comunidade de São Zeno em Luanda e em especial as famílias das quatro irmãs que emitiram os primeiros votos religiosos e às das duas postulantes a Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas convidou os jovens a escutarem o próprio coração e a responderem à voz do Senhor que chama quer para a vida consagrada como para a votação matrimonial.

 

 Superiora Geral da Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt , Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas no meio das 4 primeiras angolanas de votos temporários e de duas noviças.

As Irmãs Franciscanas de Ingolstadt no Brasil não usam o hábito, mas as angolanas usam o hábito”.

A Superiora Geral diz que terá sido a decisão e pedido das quatro primeiras jovens angolanas e aceite pela congregação durante um capítulo.

 

” A questão do hábito, porque o hábito religioso ela é uma questão importante, mas ela tem muito de escolha também e a nossa congregação, bem na origem, usávamos as roupas que as mulheres da época vestiam lá em 1226 quando surgiu a congregação há 747 anos. As nossas jovens mulheres usavam as roupas que as mulheres usavam na época, só que eram aquelas roupas compridas, que depois ficaram como se fossem um hábito nosso e as mantivemos através dos séculos. Depois, nessa mudança do milénio, quando houve a retomada do estudo das fontes, nós optamos em votar às origens.

 Mas ficou livre. Então a Alemanha mantém o hábito preto comprido normal. No Brasil nós usávamos por muito tempo, inclusive eu usei também o hábito véu por muito tempo. Então ficou livre o usos do hábito. Então a Alemanha ficou com o hábito preto comprido. Mas lá no Brasil elas podem usar ou não. Sempre se usar, com tanto respeito ao sinal, tanto para quem usa e para quem não usa. Então temos esta flexibilidade, porque entendemos não ser algo essencial, mas tem o seu sentido. Aqui em Angola as jovens elas preferiram ter o sinal porque é prático, porque o hábito além de ser um sinal religioso ele é prático, então nada impede. Então elas manifestaram interesse e nós levamos para o capítulo, uma instância de do são nossa, foi decidido e foi decidido neste capítulo que elas teriam liberdade de usar ou não.

 

Superiora Geral da Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas, apresentando as irmãs à comunidade de São Zeno dentro da Igreja paroquial.

Eu quero agradecer o interesse porque a vida religiosa tem essa característica de despertar o interesse. E para mim a vida religiosa é uma iniciativa do Espírito Santo de Deus. Porque, o que é essencial na vida religiosa? Nós queremos, mão por iniciativa nossa, sinalizar porque a vida não termina aqui, nós anteciparmos uma realidade que acredito que vamos viver todos como irmãos. O que me trouxe aqui, foi este conceito, todos somos irmãos. Então eu sou irmã, porque você é meu irmão. Todos são meus irmãos. Então é lindo o matrimónio é linda a maternidade, tudo isso é maravilhoso, se Deus me chamou para lá. Mas se Deus me chamou neste mundo como irmã, eu sou irmã de todos, como São Francisco foi e tantos os outros. E eu estou aqui para isso”

. Disse a Superiora Geral das Irmãs Franciscanas de  Ingolstadt Irmã Maria Clara Massaranduba de Freitas este Domingo 17 de Dezembro de 2023, Paróquia de São Zeno em Luanda capital de Angola, onde se encontra em visita canónica à congregação de 5 a 28 de Dezembro deste ano.

 A comunidade das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt em Angola conta com quatro irmãs brasileiras consagradas de votos perpétuos e quatro irmãs angolanas de votos temporários e duas irmãs angolanas noviças.

A Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt iniciou em 1276, Idade Média, cinquenta anos depois da morte de São Francisco, em Ingolstadt, Alemanha.

Ao longo dos séculos, a Congregação foi se adaptando às exigências dos tempos.

Em 1938, durante a 2ª guerra mundial, as Irmãs do convento de Ingolstadt sofriam com a perseguição nacional-socialistas. Muitas foram proibidas de dar aulas e trabalhar na escola, outras, foram convocadas para cuidar dos feridos da guerra.

Após muita oração e discernimento, as Irmãs decidiram que era hora de começar uma nova frente de missão e o Brasil foi o país escolhido. Cinco Irmãs aceitaram o desafio e chegaram ao Brasil, no dia 12 de Outubro de 1938.

Ao longo dos 80 anos de presença das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt no Brasil, as Irmãs expandiram sua Missão para vários Estados: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Pará e, em 2008, também para Luanda, em Angola. Escuta a reportagem do jornalista João Vissesse

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