Domingo, Agosto 25, 2024

ISAÍAS SAMAKUVA PODE VOLTAR À PRESIDÊNCIA DA UNITA E REVELA NÃO SE REVER NA FPU.

O também Coordenador da Comissão de Curadores da Fundação Jonas Malheiro Savimbi, justificou a sua ausência no seio do partido e sobretudo em 2022

Por: apostolado
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Foi durante o Programa Discurso Directo, da Rádio Ecclesia Emissora Católica de Angola, emitido esta quarta-feira, 10 de Julho, com o Jornalista Anastácio Sassembele, que o Ex Presidente da UNITA, maior Partido Político na Oposição no país, Isaías Samakuva não descartou a possibilidade de voltar ao cadeirão máximo desta organização política, chegando a afirmar que “desta água nunca diga que não beberei, sobretudo na política” asseverou.

 

O Político aproveitou a ocasião para esclarecer suspeições sobre ser um dos mais ricos da UNITA, por ser na altura do conflito armado na Europa, um dos responsáveis pelas finanças do partido. Isaías Samakuva revelou que por conta desta inverdades, já chegou a ser impedido há tempos de depositar cerca de 1 milhão e seiscentos mil dólares, numa companhia de seguros.

 

“Há muitas estórias que se contam, e aqui em Angola eu costumo a dizer que nós aqui estamos habituados a falar só, por tanto é só para frisar que o dinheiro na UNITA sempre foi bem controlado, principalmente pelo antigo vice-presidente, de feliz memória engenheiro Jeremias Chitunda, ou mesmo o doutor Savimbi” sustentou.

 

O também Coordenador da Comissão de Curadores da Fundação Jonas Malheiro Savimbi, justificou a sua ausência no seio do partido e sobretudo em 2022 ano de eleições gerais no país, com a explicação de que esteve na África do Sul, por conta do mau estado de saúde de sua esposa.

 

“Estive na direcção do partido a 16 anos, mas a trabalhar dia e noite em prol da UNITA por mais de 50 anos, portanto já nos meus 70 anos de vida, acho que mereço me dedicar também na vida pessoal e familiar” referiu, acrescentando não ter por este ou outros motivos, de que teria qualquer mau clima com a actual direcção do partido, liderado por Adalberto Costa Júnior, apelando por outro lado, os outros militantes descontentes a dialogarem mais, para se ultrapassar as diferenças.

 

Criticou por outro lado a postura de muitos membros e militantes do seu partido, em tentar influenciar os herdeiros de Jonas Savimbi a abandonar a fundação, supostamente por estar a ser instrumentalizadas pelo Governo Angolano, para aproveitamento político.

 

“Não vemos aqui nenhuma instrumentalização por parte do governo, mas sim, uma tentativa do outro lado, ou seja da UNITA, nesta natureza, portanto deixa-me esclarecer as pessoas que de todos herdeiros do doutor Savimbi, apenas dois é que preferiram não se envolver, mas todos outros participam nas reuniões, e isto é o que nos importa” garantiu.

 

Isaías Samakuva sem entrar em detalhes, revelou não se rever na Frente Patriótica Unida (FPU), tendo reconhecido que as coligações devem estar necessariamente configuradas aos interesses dos cidadãos “não tenho nada contra as coligações, mas estas questões devem necessariamente estar visadas nos interesses dos cidadãos, e se tiver que dizer algo a direção do partido, é o digo, mas não aqui na imprensa” apontou.

 

Revelou que soube da morte do fundador da UNITA, Jonas Savimbi a partir de Paris, França, por intermédio de um chefe dos serviços secretos do Governo Português, tendo na altura recebido horas depois a visita de dois filhos deste líder, cuja confirmação do facto, veio se a confirmar por via de um noticiário internacional.

 

Garantiu que não fazia dos seus planos, assumir o cargo de Presidente da UNITA, tendo feito por via de uma entrevista na Voz de América, para que fosse essencialmente entendida como uma mensagem para os seus companheiros e militantes no maquis “disse companheiros, infelizmente o nosso líder tombou, mas a luta e a nossa causa continuam” assegurou.

Repórter Delgado Teixeira

Escuta a entrevista completa:

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