A onda de detenção de jornalistas e processos na justiça enquanto no exercício da profissão, tem preocupado cada vez mais a classe que é considerada como o quarto poder. Este assunto mereceu um olhar clínico no Programa “A Voz dos Jornalistas” emitido esta quarta-feira, 27, na Rádio Ecclesia.
A recente detenção do Jornalista Correspondente da RFI em Angola a quando da cobertura da manifestação dos mototaxistas em Luanda, foi o ponto de partida da análise da situação entre os convidados do programa.
Daniel Garelo Frederico, disse que não entende os motivos da sua detenção, porque esteve sempre identificado durante a cobertura da manifestação, uma vez que se tratava de um assunto de interesse público.
“O julgamento foi retardado e prolongou-se até a meia noite, e no momento de ditar a sentença a juíza estava a tremer porque parecia que alguém lhe estava a dar orientação” explicou referenciando que se tratava de um “teatro” mas no final foi dito pelo escrivão do tribunal que tinha sido absolvido. Mas um outro processo em que estou envolvido com um procurador no Zango ainda contínua e tem sido “estranhamente” adiado.
Liberato Furtado, também não foi poupado. O jornalista da Rádio Luanda do grupo Rádio Nacional de Angola tem também um processo na justiça, sobre acusação de ter possuído documentos falsos, difamação e injúria.
O jornalista começou uma investigação de um suposto depósito bancário de 198 mil dólares onde a titular da conta era a procuradora Elizete da Graça, a queixosa do processo crime que se vê obrigado a responder.
Apesar destes considerados “empicilhos” no exercício da actividade jornalística, os convidados ao programa da Emissora Católica de Angola, garantiram que não vão abandonar a profissão, e se mostram congratulados com a solidariedade de instituições internacionais, do Sindicato dos Jornalistas bem como da Comissão de Carteira e Ética. Escuta o debate completo.
