O grito de socorro, veio do Presidente da Associação para o Desenvolvimento Agrário pecuária e Pesca Tala Haly, que lamenta o facto de apesar de estarem a escassos metros do rio Kwanza e Luei, a água naquela zona, principalmente para o cultivo, tem sido cada vez mais difícil.
João Ferreira do Nascimento revela que são muitas vezes forçados a alugar camiões de cisternas, para regar os campos e dar de beber os animais, e isto, tem sido muito dispendioso para aqueles camponeses, que considerou serem guerreiros, pelo facto de apesar destas dificuldades, conseguirem ainda assim “oferecer” a mandioca e seus derivados, bem como outros produtos ao mercado nacional.
“Uma cisterna aqui chega a custar 60 mil, as vezes mesmo 70 mil; e os nossos camponeses não têm esta capacidade financeira, então todos que conseguem produzir aqui são guerreiros” desabafou.
Aquele camponês pensa que a criação de canal de irrigação ou mesmo até furos de água, vai servir para potencializar a produção de grande escala dos seus associados “precisamos de apoio, uma entidade ou instituição que se responsabilize a nos ajudar a concretizar este projecto, e nós ao nível dos camponeses veremos se for necessário como vamos retribuir essa ajuda, se é pela via de produzirmos vários produtos para eles, enfim, pedimos aquém de direito ou pessoa singular que nós ajudem” explicou.
O responsável acrescentou ainda que por exemplo não conseguem fazer furos porque os custos destes projectos estão avaliados em 8 à 10 milhões “não conseguimos fazer agricultura e pecuária expansiva do ponto de vista de produção em grande escala” lamentou.
Estas declarações foram feitas, esta quinta-feira, 18, saídas do encontro entre a associação e os camponeses, que teve como agenda de trabalho, informar sobre os objectivos, projectos sociais, e auscultação das principais dificuldades.
A Associação para o Desenvolvimento Agrário pecuária e Pesca Tala Haly é uma organização não governamental de âmbito nacional, sem fins lucrativos, actuando nos sectores da agricultura, agropecuária e pesca. Repórter Delgado Teixeira