Segunda-feira, Dezembro 1, 2025

COMISSÃO DA CARTEIRA E ÉTICA É CHAMADA A FAZER CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO JUNTO DOS ESTUDANTES DE JORNALISMO EM LUANDA

A Comissão da Carteira e Ética é o órgão público angolano responsável pela emissão da carteira profissional, pela fiscalização do exercício do jornalismo

Por: apostolado
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A necessidade de reforçar a literacia ética e profissional entre os futuros jornalistas levou à convocação da Comissão da Carteira e Ética (CCE) para uma campanha de sensibilização dirigida aos estudantes finalistas de jornalismo e comunicação social, em diversas instituições de ensino superior de Luanda. A iniciativa surge perante sinais crescentes de desconhecimento sobre o papel regulador da entidade que tutela a actividade jornalística no país.

 

Apesar de estarem prestes a ingressar no mercado de trabalho, muitos jovens estudantes continuam “inocentes” da importância da CCE no exercício responsável da profissão. Professores e especialistas do sector afirmam que parte significativa dos finalistas desconhece etapas essenciais para a obtenção da carteira profissional ou mesmo as implicações éticas e legais que regem a actividade.

 

A Comissão da Carteira e Ética é o órgão público angolano responsável pela emissão da carteira profissional, pela fiscalização do exercício do jornalismo e pela instauração de processos disciplinares sempre que há violação do código de ética. Criada para garantir que a prática jornalística decorra dentro dos parâmetros legais, a instituição tem também a missão de promover uma cultura profissional assente na responsabilidade social, rigor, transparência e respeito pelos cidadãos.

Apesar deste papel central, estudantes entrevistados em universidades de Luanda admitem que o tema raramente é aprofundado ao longo da formação. Muitos só tomam contacto com as obrigações formais da profissão ao concluir o curso ou quando tentam ingressar em órgãos de comunicação social. Especialistas alertam que essa lacuna não só fragiliza os futuros profissionais, como também compromete a qualidade da informação produzida.

 

Diante desse cenário, a campanha proposta pretende aproximar a CCE da comunidade académica, promovendo sessões de esclarecimento, debates sobre ética, distribuição de materiais informativos e orientação sobre o processo de acreditação profissional. A presença da jornalista Luísa Rogeiro, que integra a Comissão, é apontada como uma oportunidade para reforçar a articulação entre a instituição e os jovens aspirantes a jornalistas.

 

Dirigentes do sector sublinham que o fortalecimento da formação ética e deontológica deve começar ainda no percurso académico, para que os futuros profissionais assumam a sua missão social com plena consciência das responsabilidades que carregam. A iniciativa, segundo fontes ligadas ao processo, deverá estender-se a outras províncias nos próximos meses, num esforço para uniformizar o conhecimento sobre o papel da CCE em todo o país.

 

A expectativa é que a campanha contribua para reduzir a distância entre teoria e prática, preparando os finalistas não apenas para o mercado de trabalho, mas sobretudo para o exercício íntegro de uma profissão que desempenha um papel crucial na consolidação da democracia e no direito à informação em Angola.

Jornalista Siona Júnior

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