O ministro das Relações Exteriores, Téte António, destacou, na segunda-feira, o potencial da Zona de Comércio Livre Continental Africana como um dos maiores projectos de integração económica do mundo, que oferece novas oportunidades para dinamizar o comércio inter-regional, atrair investimentos e diversificar parcerias estratégicas.
O chefe da diplomacia angolana falava na Reunião Ministerial entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Africana, na qualidade de presidente do Conselho Executivo desta organização continental, revela uma nota de imprensa.
Segundo o ministro, a África e a América Latina e Caribe partilham valores, aspirações e desafios comuns, pelo que impõe-se reforçar as relações institucionais, melhorar a coordenação programática e identificar projectos emblemáticos que possam dar visibilidade e consistência a esta parceria.
Vantagens significativas
Téte António disse, também, estar convicto de que a CELAC poderá beneficiar destas oportunidades, ao mesmo tempo que o continente africano encontrará vantagens significativas no estreitamento das trocas com a América Latina e Caribe.
Para que esta visão se traduza em acções concretas, o chefe da diplomacia angolana recomendou a criação de um Grupo Técnico Conjunto CELAC-União Africana com a responsabilidade de desenvolver um Plano de Acção Comum, assente em prioridades partilhadas e metas claras.
Do mesmo modo, recomendou que a Direcção dos Cidadãos e Diáspora (CIDO) da Comissão da União Africana analise de forma detalhada a proposta desta parceria, de maneira que seja apresentada uma recomendação ao COREP, para posterior submissão ao Conselho Executivo e à Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo*, programada para Fevereiro de 2026.
Participaram do evento, dentre outras personalidades, Francia Márquez Mina, Vice Presidente da Colômbia, e Mahamadou Ali Youssouf, líder residente da Comissão da União Africana.
