
A Rádio Ecclésia e o Sindicato dos Jornalistas Angolanos realizaram, esta quarta-feira, a segunda Conferência Nacional sobre Liberdade de Imprensa e Acesso à Informação, uma iniciativa apoiada pela União Europeia que voltou a colocar no centro do debate os desafios do jornalismo em Angola.
O encontro teve lugar no auditório do Instituto Sapiens, em Luanda, sob o lema “Imprensa Livre, Democracia Forte”, e foi presidido pelo director nacional de Informação e Comunicação Institucional do MINTTICS, João Demba. A mesa de honra contou ainda com a presença do director-geral da Rádio Ecclésia, Padre Gaudêncio Félix Yakuleinge, e do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Angola, Pedro Miguel.
Reunindo representantes de gabinetes de comunicação institucional de diversos departamentos ministeriais e profissionais dos órgãos de comunicação social, a conferência procurou avaliar o estado da liberdade de imprensa no contexto dos 50 anos da Independência Nacional. O debate centrou-se na necessidade de reforçar o ambiente democrático e de garantir melhores condições para o exercício do jornalismo no país.

Um dos momentos marcantes foi a apresentação dos relatórios sobre a situação da liberdade de imprensa nas províncias do Kwanza Norte, Lunda Sul, Lunda Norte, Huíla, Namibe e Cuando Cubango, que revelaram um cenário preocupante. Entre os problemas apontados constam perseguições a jornalistas, ameaças, constrangimentos no acesso às fontes e reduzida abertura das instituições públicas para prestar informação.
Os organizadores defenderam a importância de aprofundar o diálogo entre os profissionais da comunicação social e as entidades governamentais, sublinhando que uma imprensa livre e protegida é condição essencial para o fortalecimento da democracia. A conferência terminou com o compromisso de continuar a promover espaços de reflexão que contribuam para melhorar o ambiente de trabalho dos jornalistas em Angola.
Em acatualização
Jornalista Siona Júnior