Sábado, Setembro 21, 2024

PRELETORES DA ACTIVIDADE DO MOSAIKO SOBRE PLANETA AFIRMAM QUE “NEGLIGÊNCIA AMBIENTAL ESTÁ A CAUSAR FOME, POBREZA E DOENÇAS”.

A segunda discussão conduzida pelo Padre Celestino Epalanga teve um olhar atento sobre a "Eco Espiritualidade", tendo em conta a relação entre o homem e a natureza, e a necessidade da criação da consciência ecológica.

Por: apostolado
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O Mosaiko Instituto para a Cidadania, realizou durante dois dias no Edifício Michael Kennedy, da Extensão da Universidade Católica de Angola, localizada no Largo das Escolas em Luanda, uma Conferência Internacional sobre o Ambiente “Planeta em Chamas: Direitos em Extinção” que serviu para discutir “Micro-soluções Conscientes às Alterações Climáticas a nível das Políticas Públicas em Angola”.

 

O primeiro painel do segundo e último dia desta conferência nesta quinta-feira, 18 de Setembro, esteve reservado com um debate facilitado por Sérgio Calundungo, Coordenador do Observatório Político e Social de Angola (OPSA), e Emanuel Bernardo, da Associação Nacional do Mercado de Carbono.

 

A segunda discussão conduzida pelo Padre Celestino Epalanga teve um olhar atento sobre a “Eco Espiritualidade”, tendo em conta a relação entre o homem e a natureza, e a necessidade da criação da consciência ecológica.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Apostolado, o Sacerdote, referiu que a sua abordagem esteve essencialmente centrada na encíclica do Papá Francisco Laudato si, que nos chama atenção sobre a necessidade da criação da consciência ecológica.

 

O último painel esteve reservado para a apresentação das experiências de convidados que residem em comunidades mais ao sul do país , e que atravessam estes problemas climáticos como Caridade Tchilomba, Eduardo Ferreira e António Ndala, da província do Cuando Cubango, e de Jenoveva Carlos e Edna Tolosi, do Moxico.

 

Estes painelistas denunciaram o acelerado desmatamento das florestas, a redução do caudal dos rios e a exploração de recursos por estrangeiros sobretudo com autorização do Governo Central.

 

“Esses problemas estão a causar fome, pobreza e doenças. Os hospitais não têm medicamentos e as plantas que usávamos como remédios foram destruídas”, lamentaram os palestrantes, que procuram por respostas quanto a fiscalização por exemplo do impacto negativo dos desmantelamentos e exploração ilegal e irracional da madeira, conforme fez saber o Ambientalista Eduardo Ferreira.

O Director Geral do Mosaiko, Frei Júlio Candeeiro, fez um balanço positivo dos dois dias deste evento, e congratulou-se com a presença massiva da sociedade e convidados desta conferência, tendo dado uma nota negativa ao Ministério do Ambiente, por não se fazer presente neste evento, apesar de garantir ter enviado convite antecipadamente para o efeito.

 

“Só temos é de lamentar a ausência do ministério de tutela, uma vez que estas discussões interessam-nos a todos, e por isto gostaríamos de saber quais são as políticas deste órgão governamental para acabar com os problemas levantados pelos prelectores” avançou.

 

O evento contou também com a presença de representantes estrangeiros ligados ao assunto, bem com a do Vice Presidente da CEAST e Bispo da Diocese do Dundo, Dom Estanislau Marques Chindecassi e a do Reverendo Toni A Nzinga.

 

Teve o apoio da União Europeia e a do Camões, Instituto de Cooperação e da Língua, I.P. (Camões, I.P.), no âmbito do Projecto USAKI: Somos Ambiente.

 

Repórter Delgado Teixeira

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