Num tempo em que a música gospel muitas vezes se aproxima de padrões comerciais, o cantor e compositor Raúl Simão surge com uma proposta diferente e espiritualmente profunda em sua nova canção intitulada “Eu Quero Ser”. O título, simples e direto, já revela o coração do louvor: o desejo sincero de ser uma verdadeira adoração a Deus — não apenas em palavras, mas em vida.
A música, marcada por uma melodia suave e envolvente, carrega uma mensagem de rendição total. É um clamor honesto, que transcende o palco e se transforma numa oração pessoal. Raúl Simão não canta apenas com a voz, mas com a alma. E essa entrega é sentida em cada verso da canção. A produção, embora simples, evita os exageros que por vezes afastam a essência da adoração. Aqui, o foco é a mensagem — e ela chega clara.
Mais do que uma canção para ser cantada em cultos ou reuniões, “Eu Quero Ser” é um convite à reflexão individual. Em tempos de fé superficial e religiosidade de aparências, Raúl nos recorda que adorar vai muito além de estar num altar ou ter um microfone na mão. Adorar é viver de forma íntegra, é refletir Deus em atitudes diárias, é ser luz em meio à escuridão.
Num cenário gospel cada vez mais pressionado por números, visualizações e tendências digitais, Raúl Simão escolhe seguir por um caminho mais estreito, porém mais autêntico. E essa escolha merece respeito. Sua nova música não busca apenas agradar ou emocionar — ela quer transformar.
“Eu Quero Ser” é, portanto, mais do que uma boa canção gospel. É um manifesto espiritual. Uma oração em forma de música que nos desafia a ir além do rótulo de cristão e nos convida a viver como verdadeiros adoradores.
Raúl Simão prova, mais uma vez, que quando a música nasce no altar, ela tem o poder de tocar corações, restaurar vidas e lembrar-nos do que realmente importa: ser, em essência, uma verdadeira adoração a Deus.
Jornalista Siona Júnior