Quinta-feira, Outubro 30, 2025

MORADORES DO CALUMBO DESAFIAM JORNALISTAS A INVESTIGAR VENDA DE TERRENOS JUNTO À CENTRALIDADE VIDA PACÍFICA

Esses espaços eram para servir a comunidade

Por: apostolado
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Moradores do município do Calumbo desafiam os jornalistas Rafael Marques, Escrivão José e Coque Mukuta a investigarem alegadas vendas irregulares de terrenos adjacentes à Centralidade Vida Pacífica, numa operação que, segundo denúncias locais, estaria a beneficiar figuras ligadas à administração municipal e do MPLA. Os cidadãos acusam responsáveis locais de desviar terrenos públicos originalmente destinados à construção de equipamentos sociais, como escolas, parques e centros comunitários.

Jornalista Coque Mukuta

De acordo com testemunhos recolhidos pela equipa de reportagem, desde o início de 2024 vários lotes situados nos arredores da centralidade foram cedidos a empresas privadas e indivíduos com ligações políticas, sem concurso público nem consulta à população. Em muitos dos terrenos já se iniciaram obras privadas, contrariando o plano urbanístico aprovado para a zona.

 

“Esses espaços eram para servir a comunidade. Agora estão a vender tudo às escondidas. Queremos que jornalistas sérios venham ver o que está a acontecer”, afirmou um morador da Centralidade Vida Pacífica, que pediu anonimato por receio de represálias.

 

O apelo dirigido a jornalistas conhecidos por expor casos de corrupção e má gestão pública surge após várias tentativas frustradas da população em obter esclarecimentos junto da administração municipal. Moradores alegam que os pedidos de informação sobre o destino dos terrenos foram ignorados ou recusados.

 

Contactada por este jornal, uma fonte próxima da administração do Calumbo admitiu que “alguns processos de concessão estão em revisão”, mas recusou comentar as denúncias de irregularidades. O Governo Provincial do Icolo e Bengo, até ao momento, não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

 

Organizações da sociedade civil e activistas locais defendem a abertura de uma investigação independente e a intervenção da Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE), para apurar se houve favorecimento e violação das normas de gestão fundiária.

 

Enquanto isso, os moradores da centralidade e das zonas vizinhas prometem continuar a denunciar publicamente o que classificam como “um esquema de venda silenciosa de terrenos do povo”.

Jornalista Siona Júnior

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