O jurista António Ventura elogiou publicamente os pontos abordados pelo Presidente da República no recente discurso sobre o Estado da Nação, com destaque para as medidas e reformas anunciadas no sector do Ensino Superior. Para Ventura, o conteúdo demonstra “um compromisso claro com a valorização do conhecimento e da formação académica em Angola”.
Em declarações, através da Rádio Ecclesia no programa A voz da Comunidade/Manhã Ecclesia o jurista sublinhou que as referências feitas ao aumento da qualidade do ensino, à reestruturação curricular e ao investimento na formação de docentes são sinais positivos de que o Governo está a encarar a educação como pilar do desenvolvimento nacional.
“O Presidente tocou em pontos essenciais: precisamos de universidades mais ligadas à realidade do país, com foco na investigação e inovação. O discurso foi equilibrado e mostra que há vontade de corrigir erros do passado”, afirmou António Ventura.
O jurista destacou ainda como positiva a intenção de reforçar a autonomia universitária e de promover parcerias internacionais para elevar os padrões de ensino e pesquisa científica.
Reformas em marcha
Entre as medidas anunciadas no discurso presidencial estão a criação de centros regionais de excelência, a introdução de mecanismos de avaliação institucional e a revisão da legislação sobre o ensino superior. O Executivo também prevê aumentar o número de bolsas internas e externas para estudantes com mérito académico, além de melhorar as infraestruturas universitárias em várias províncias.
Para Ventura, o desafio agora está na implementação. “É preciso garantir que o que foi dito no discurso se materialize com transparência, eficiência e compromisso com os resultados”, frisou.
Recepção mista entre académicos
Apesar do apoio manifestado por Ventura, outros sectores da comunidade académica reagiram com cautela. Professores universitários e representantes estudantis ouvidos por este jornal reconhecem o valor do discurso, mas dizem que é necessário que as promessas sejam acompanhadas de ações concretas, sobretudo no combate à precariedade laboral no ensino superior.
