Sábado, Maio 10, 2025

DOM MANUEL IMBAMBA: “ESCOLHEU-SE O PASTOR QUE VAI RESPONDER AO CONTEXTO QUE O MUNDO ACTUAL ESTÁ A VIVER”

Ao referir-se a Leão XIV, Dom Manuel Imbamba disse que significa, sobretudo, o continuar do legado de Pedro

Por: apostolado
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A Igreja Católica em Angola está feliz pela eleição do novo Papa, pela escolha ter ocorrido “de uma maneira muito boa, serena, num ambiente de oração e por se tratar de um Pastor que vai corresponder ao contexto que o mundo actual está a viver”, considerou, em Benguela o Presidente da Conferência Episcopal em Angola e São Tomé (CEAST)

 

Dom Manuel Imbamba, falando à Rádio Ecclesia no quadro das reacções ao Conclave que elegeu o antigo arcebispo de Chicago, Robert Francis Prevost, a Papa, disse, referindo-se aos fiéis, que “Estamos todos satisfeitos e achamos que o Espírito Santo assistiu devidamente os nossos cardeais e, com sabedoria e discernimento, escolheram aquele que será o nosso Pastor nos próximos tempos”.

 

Ao referir-se a Leão XIV, Dom Manuel Imbamba disse que significa, sobretudo, o continuar do legado de Pedro, com a firmeza da fé, da doutrina, da tradição e sempre com o olhar virado para a realidade histórica, que não pode passar despercebida diante de qualquer pastor que seja. Justificou que Leão XIV vem dar o seu contributo num ambiente em que a Igreja vai-se reformando.

 

A Igreja, referiu Dom Manuel Imbamba, naturalmente se reforma na medida em que vai caminhando, e o seu predecessor no nome, Leão XIII, foi um Papa virado às questões sociais, da justiça social, à questão do mundo e da modernidade, ao diálogo com o mundo moderno. Por isso, mostrou-se confiante de que o nosso chefe da Igreja Católica vai continuar com a energia de oferecer ao mundo a luz de Jesus Cristo.

 

O Cardeal Robert Francis foi eleito à quarta votação, no segundo dia do conclave, o que significou dizer também que entre os cardeais não houve muitas dúvidas, explicou.

 

“Tudo revela que o contexto foi muito alto e, diante de um quadro tão complicado como é o mundo actual, era expectável que houvesse talvez muitas divergências, mas, felizmente, não foi o caso”, mostrou-se satisfeito, salientando que os cardeais convergiram no perfil e na pessoa a quem coube esta “nobre” e “grande” missão de conduzir os destinos da Igreja Católica.

 

O presidente da CEAST decifrou que o Papa é um homem, é uma pessoa, e também vive essas “grandes” emoções e esse grande momento que é uma viragem que considerou de “muito grande” para a vida pessoal dele, em relação à tamanha responsabilidade que sobre ele, a partir de quinta-feira, recaiu. De modo que a sua emoção era mais do que visível, e essa saudação “A paz esteja convosco” realmente é a saudação de um mensageiro de quem quer construir pontes, quer congregar, dialogar, escutar e que quer caminhar com. Segundo o pastor da CEAST, tal manifesto é importante nesta fase em que as várias tensões no mundo, as várias ideologias, tendem a relativizar a ética e todos os princípios fortes da “nossa” moralidade.

 

Acrescentou que este anúncio revela a abertura do seu coração, da sua inteligência, da sua fé, para poder com todos construir a comunhão eclesial que se quer e que no mundo também, pois exista esta harmonia social, construindo a amizade social que o seu antecessor tanto quis.

 

Ontem, o novo Papa já celebrou a primeira missa enquanto líder da Igreja Católica, dirigida apenas aos cardeais que o elegeram. Para Dom Manuel Imbamba, é uma forma de reconhecer a confiança a ele depositada, é uma forma de consolidar a unidade e a comunhão entre os irmãos, e é uma forma de contar com eles no governo da Igreja Universal. Por isso, é o início de um pontificado, de um caminho e de uma nova era em que todas as mentes, todas as inteligências e todas as verdades do Colégio Cardinalício poderão conduzir para os grandes e futuros desafios que se apresentam.

 

Desafios a enfrentar

Na opinião de Dom Manuel Imbamba, o novo Pastor vai ter vários desafios dentro e fora da própria Igreja. Lembrou que, como se sabe, o Papa Francisco começou um movimento de reforma muito forte dentro da própria Igreja, e este movimento não vai passar, mas sim, vai ter que continuar fora da Igreja: temas da paz, da justiça, da ecologia, dos desequilíbrios sociais.

 

De acordo com o presidente da CEAST, são vários temas que vão ocupar o seu ministério e que, com a sabedoria que lhe vai caracterizar, saberá ser um bom intérprete dos sinais de Deus na “nossa” história contemporânea.

Fonte: RE

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