Um parque em frente ao tribunal foi o ponto de concentração para ambos os grupos de manifestantes, após a Polícia ter montado barreiras metálicas a dividir o espaço, mas também as ideologias.
Contudo, as barreiras físicas não foram suficientes para impedir os ataques mútuos. “Ele tem de ser preso. Chorem, seus extremistas de direita. Vocês odeiam-nos”, gritava um jovem do lado dos opositores de Donald Trump.
“Isto é uma caça às bruxas. Vocês são tendenciosos”, respondeu uma mulher defensora do magnata.
Questionada pela Lusa sobre se acredita que Trump é inocente, uma mulher que não se quis identificar respondeu com tentativas de intimidação.
“Imprensa de Portugal? Onde está a imprensa norte-americana? Eu estou aqui para apoiar o meu Presidente, eu sei que ele é inocente, mas se andares por aí a publicar essa propaganda sobre o meu Presidente, sobre o meu país e sobre o país pelo qual o meu pai lutou, eu irei a público e farei com que todos saibam que estás a mentir”, disse.
Ao ritmo de tambores, opositores de Trump gritavam “prendam-no, prendam-no, prendam-no”, e não faltaram disfarces de Donald Trump vestido de laranja, as cores usadas pelos prisioneiros nos Estados Unidos.
Uma bandeira gigante foi estendida no chão: “Trump mente o tempo todo”, podia ler-se e onde ninguém se atreveu a pisar. “Racistas, racistas, racistas”, ouviu-se ainda.
Do outro lado das barreiras metálicas tentando provar o oposto, apoiantes de Trump erguiam cartazes como “a comunidade chinesa está com Trump”, “os homossexuais estão com Trump”, “O povo negro está com Trump”.
Fonte: Jornal de Angola