A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, reafirmou, esta quinta-feira, o compromisso da defesa dos valores e direitos fundamentais das famílias, visto ser o primeiro lugar onde a dignidade humana deve ser cultivada, respeitada e protegida.
Falando na abertura do colóquio sobre a família, no âmbito do Dia Internacional da Família, Carolina Cerqueira afirmou que é no seio da família que se aprende o valor do cuidado, da escuta e da protecção.
“Não há política pública eficaz sem o envolvimento directo da célula familiar, das igrejas, autoridades tradicionais e associações profissionais e da sociedade civil. Campanhas educativas, oficinas parentais, acompanhamento psicossocial — tudo isso deve ser parte de um esforço contínuo para reeducar afectivamente os adultos que convivem com crianças”, reforçou.
Para Carolina Cerqueira, se deve olhar para a família não como uma estrutura estática, mas como um espaço que precisa de ser acompanhado, fortalecido e, quando necessário, corrigido com amor e justiça.
“Trata-se de reconstruir a noção do que é ser família. A família não é apenas um grupo de pessoas que compartilha um tecto. As famílias são, ou deveriam ser, a primeira escola de humanidade, onde se aprende o valor do respeito, da empatia e da responsabilidade”, apontou.
Defendeu, igualmente, a necessidade de se resgatar o sentido mais profundo da família como núcleo de formação ética, frisando que não se forma um cidadão digno sem referências claras de dignidade dentro de casa.
O evento teve como principal objectivo promover uma reflexão profunda sobre o papel fundamental da família na construção de uma sociedade mais justa e coesa, destacando-a como pilar essencial do desenvolvimento social, cultural e económico.
Teve como prelectoras a deputada Luísa Damião, Rosa Branca, bem como Eufrazina Paiva, Pulquéria Van-Dúnem e a moderação esteve a cargo da deputada Lourdes Kaposso.
Entre as recomendações do colóquio destacam-se a necessidade de adaptar as políticas públicas integradas e eficazes, dirigidas as famílias, criar mecanismos de articulação entre as diferentes instituições do Estado e da Sociedade Civil, bem como o agravamento das penas contra os crimes sexuais e a fuga à paternidade.
O colóquio reuniu deputados, representantes de órgãos de soberania, membros dos departamentos ministeriais, entidades religiosas e da sociedade civil.
Entre os convidados destacam-se deputados, juízes jubilados, membros de associações profissionais, instituições religiosas e da sociedade civil.