Sexta-feira, Dezembro 5, 2025

O SILÊNCIO DO RAPPER NEGRO BUÉ, O PRIMEIRO RAPPER ANGOLANO A LANÇAR UM DISCO A SOLO, CONTINUA A ECOAR COMO UMA AUSÊNCIA QUE O MERCADO MUSICAL AINDA NÃO CONSEGUIU PREENCHER.

Entre as faixas que eternizaram o seu nome, “Só Nice” permanece como uma das mais emblemáticas.

Por: apostolado
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ACABOU: OS TUNEZA FICAM NA HISTÓRIA, AS PERSONAGENS TI MARTINS, GENERAL FOGE A TEMPO AGORA SEGUEM CAMINHOS INDIVIDUAIS

Ainda assim, é impossível não sentir uma pontada de nostalgia.

Por: apostolado
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NONA OBRA DO EMPRESÁRIO EDSON DE OLIVEIRA (BY C.E.O.) SERÁ LANÇADA EM BREVE COM O TÍTULO “HISTÓRIA REAL: 30 ANOS DE HIV”

Sensibilizado pela trajetória de Mauro e pelo enfrentamento diário do diagnóstico de HIV ao longo de três décadas

Por: apostolado
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CRÔNICA: SAUDADES DO MEU RAPPER GRAFITEIRO MC FÁBIO

O traço dele também ficou espalhado por Angola

Por: apostolado
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GALA DO PRÉMIO “50 POEMAS PARA AGOSTINHO NETO” ACONTECE A 8 DE JANEIRO DE 2026

O corpo de jurado é designado pelo CONJOE e composto por um escritor, um crítico literário, um professor de língua portuguesa e um jornalista.

Por: apostolado
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ANTES DE JULGARES, LEMBRA-TE: A YOLA SEMEDO TAMBÉM SENTE

É importante lembrarmos que, por trás da figura pública, existe uma mulher real.

Por: apostolado
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ORQUESTRA SINFÓNICA CAMUNGA: A MÚSICA QUE TRANSFORMOU A SAMBA E ECOA ALÉM-FRONTEIRAS

Com aulas de violino, violoncelo, flauta, trompete e percussão, as tardes da Samba ganharam nova melodia.

Por: apostolado
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O hip-hop feito em Angola não seria o mesmo sem a figura de Negro Bué. Numa era em que o rap nacional ainda procurava identidade própria, foi ele quem ousou romper barreiras, erguer voz e abrir caminho para uma geração inteira. O seu primeiro disco — pioneiro e arriscado — transformou-se num marco cultural: um gesto de coragem artística que inspirou muitos dos nomes que hoje lideram as playlists do país.

 

Com o tempo, Negro Bué deixou de ser apenas rapper para se tornar também produtor, elevando o nível da música urbana angolana. Da sua visão nasceram talentos que encontraram na sua mão guia a porta para o reconhecimento. O seu estúdio, para muitos jovens MCs, era mais do que um espaço de gravação; era um laboratório de descobertas, um centro de lapidação de vozes que hoje fazem parte da espinha dorsal do rap nacional.

 

Entre as faixas que eternizaram o seu nome, “Só Nice” permanece como uma das mais emblemáticas. Um sucesso estrondoso, ainda hoje lembrado com nostalgia pelos fãs que acompanharam a evolução do movimento hip-hop no país. Essa música não foi apenas um hit: foi uma afirmação cultural, uma prova do talento e da capacidade narrativa de Negro Bué.

 

Mas, de forma quase abrupta, o artista desapareceu do mercado musical. Um silêncio prolongado tomou o lugar da sua voz firme, dos seus versos densos, da sua energia criativa. E esse silêncio pesa — pesa porque a música angolana perdeu uma referência, pesa porque o rap ficou órfão de uma figura que ainda tinha muito para dar.

 

Na verdade, Negro Bué devia continuar. Não só pela qualidade que sempre demonstrou, mas pela importância simbólica do seu legado. A sua ausência deixa uma lacuna que nenhum novo artista consegue preencher por completo, porque ele não era apenas parte da história do rap angolano: ele ajudou a construí-la.

 

Hoje, enquanto novos talentos surgem, seria justo e necessário que o pioneiro que abriu tantas portas voltasse a ocupar o lugar que é seu por direito. O silêncio pode ser poderoso, mas no caso de Negro Bué, a sua voz faria muito mais falta — e diferença — se voltasse a ser ouvida.

Jornalista Siona Júnior

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O anúncio do fim dos Tuneza marca o encerramento de um dos capítulos mais marcantes da comédia angolana contemporânea. Depois de anos a fazer o país rir com personagens icónicas como Ti Martins, General Foge a Tempo e Bolinha, o grupo decidiu que era hora de cada um seguir o seu próprio percurso artístico. A separação não é apenas o fim de um coletivo humorístico: é também o começo de uma nova fase cultural, que desafia cada membro a reinventar-se longe da engrenagem que os consagrou.

 

Ao longo da última década, os Tuneza tornaram-se referência obrigatória quando se fala de humor nacional. Dominavam palcos, rádios e televisões; transformavam o quotidiano angolano em matéria-prima para riso; criavam bordões que entraram no vocabulário popular com naturalidade. O público não acompanhava apenas os sketches — acompanhava personagens que se tornaram quase familiares. Ti Martins, com a sua postura crítica e irónica; General Foge a Tempo, símbolo da esperteza e do improviso; e Bolinha, mestre da inocência humorística, construíram identidades que ultrapassaram o grupo.

 

O fim do colectivo pode soar, à primeira vista, como uma perda irreparável. Mas também deve ser encarado como uma oportunidade. A solo, cada um tem a possibilidade de explorar nuances que, talvez, a dinâmica de grupo limitasse. O humor angolano cresce quando os seus criadores evoluem — e essa evolução, por vezes, exige rupturas.

 

Ainda assim, é impossível não sentir uma pontada de nostalgia. Os Tuneza definiram uma era. Foram espelho da sociedade e, ao mesmo tempo, catarse. Deixaram memórias, diálogos, cenas e gargalhadas que continuam vivas. Ficam na história não apenas como um grupo de humoristas, mas como cronistas do quotidiano angolano.

 

Se cada um seguirá o seu caminho, que seja com a maturidade artística que construíram juntos — e com o reconhecimento de que, separados ou unidos, continuam parte essencial do nosso imaginário humorístico. O fim dos Tuneza não apaga a sua marca: apenas abre novas páginas para quem já aprendeu a escrever comédia com maestria.

Jornalista Siona Júnior

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O empresário e escritor Edson de Oliveira, conhecido pelo pseudônimo By C.E.O., se prepara para lançar sua nona obra literária, um livro que promete marcar o debate sobre saúde, coragem e dignidade humana: “História Real: 30 anos de HIV”.

 

A obra nasce da convivência e da experiência compartilhada com o cidadão Mauro Gomes Dias dos Santos, que conheceu Edson de Oliveira em um momento decisivo de sua vida. Sensibilizado pela trajetória de Mauro e pelo enfrentamento diário do diagnóstico de HIV ao longo de três décadas, o empresário sentiu-se tocado e privilegiado pela confiança recebida. A partir dessa relação, surgiu não apenas uma amizade, mas também a decisão de transformar vivências de dor, resistência e superação em literatura.

 

Preocupado com o estado sorológico de Mauro e com o apagamento social que ainda paira sobre pessoas vivendo com HIV, Edson de Oliveira propôs que unissem forças — e sobretudo coragem — para produzir uma obra tão ousada quanto necessária às prateleiras das bibliotecas e livrarias do país. O livro pretende romper tabus, dar voz a histórias silenciadas e oferecer ao leitor um testemunho real sobre estigma, tratamento, preconceito e esperança.

 

Segundo Edson, a publicação vai além de um relato pessoal: trata-se de um convite à reflexão sobre empatia, políticas públicas, direitos humanos e sobre como a informação pode transformar vidas. Já Mauro enxerga no projeto a possibilidade de deixar um legado e de mostrar que, apesar dos desafios, é possível reconstruir caminhos, afetos e perspectivas.

 

O lançamento oficial de “História Real: 30 anos de HIV” será anunciado em breve e deve reunir leitores, profissionais da saúde, representantes de entidades sociais e todos aqueles que reconhecem o poder da narrativa para iluminar a realidade.

Saiba que após anos de filantropia, olhando para as mais diversas questões sociais, das artes,  educação à saúde, atuando directamente na luta contra as mais variadas formas de câncer, o empresário Edson de oliveira, resolveu falar e tratar de um assunto igualmente sensível para assim dar o seu contributo social através da literacia real, escrevendo e lançando a sua 9 Obra literária voltada ao H.I.V.

O livro surge da experiência com o cidadão Mauro Gomes Dias Dos Santos, que conheceu o empresário e pelo privilégio, Edson de Oliveira preocupou-se com o seu estado sorológico e juntos resolveram unir a coragem para lançar uma obra tão ousada quanto necessária às prateleiras das bibliotecas e livrarias nacionais.

O Livro 30 anos de HIV, é mais do que contos da vida real, é um despertar de consciência e uma ferramenta de motivação e encorajamento para todos os infectados pelo votos do V.I.H e seus parentes que diariamente depreendem do âmago a energia necessária para um sorriso no rosto e com as duas mãos continuarem a tudo fazerem para seguir em frente.

Satisfeito, com o resultado da obra, O empresário Edson de Oliveira, faz saber que apesar das circunstâncias e, por pior que elas seja, vale sempre apenas ajudar a que precisa e com O Sr Mauro Gomes Dias Dos Santos, não foi diferente. Realça ainda que escreveu está obra com o objectivo de através deste gesto tocar os que precisam e se debatem com esta questão sensível e deste modo, promete continuar a trabalhar “Pela Digindade Alheia”.

 

Porque..

Edson continua a carregar este lema “A Crise É Enorme Mas, A Responsabilidade É Maior!” By C.E.O. 1+1…2

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Saudades. É essa a palavra que insiste em abrir e fechar os dias, quatro anos depois da partida de MC Fábio — rapper, grafiteiro, capoeirista, gigante de presença e de coração. A saudade reina até hoje, teimosa, ocupando todos os espaços deixados por ele, como se quisesse colorir, do seu jeito, o vazio que ficou.

 

Fábio nasceu em Cabinda, terra de raízes profundas, e viveu grande parte da vida no Panguila, em Luanda. Carregava no corpo e na alma o sangue misturado de Cabinda e da Lunda, uma herança que marcava o seu ritmo e a sua arte. Cresceu entre rimas, latas de spray, rodas de capoeira e sonhos que ninguém podia censurar. Sonhou em ser underground no rap feito em português — e realizou. Era daqueles que não esperavam oportunidades: criava as próprias.

 

Eu, daqui da Ucrânia, sinto que a distância amplifica a memória. Os dias longos, frios e azuis daqui fazem tudo soar como lembrança, como se MC Fábio pudesse virar a esquina a qualquer momento e rir, do jeito barulhento e leve que só ele tinha.

O traço dele também ficou espalhado por Angola. Não foi apenas um mc da rua — foi grafiteiro com mãos de muralista. Participou no grafismo da famosa Serra da Leba, deixando ali sua marca permanente, como se quisesse que o mundo soubesse: “Eu passei aqui e deixei cor.”

 

Quem o conheceu sabe: Fábio era um grandalhão. Desses que, se tivesse nascido na América, talvez já estivesse no cinema, fazendo papel de herói — ou de vilão, daqueles que o público ama. Mas a vida real não lhe deu esse roteiro. Em vez disso, deu-lhe música, deu-lhe luta, deu-lhe arte.

 

A dor da sua partida não trouxe só lágrimas; deixou feridas que ainda ardem, especialmente em Raquel da Lomba (Mãe) — foi uma irmã, amiga, cúmplice de caminhada. Quem a vê falar dele percebe que nela Fábio ainda está vivo, inteiro. A falta que ele faz é uma ausência compartilhada, porque quem conheceu Fábio nunca mais o esqueceu.

 

Quatro anos se passaram, mas ainda parece ontem. O tempo não levou a saudade — apenas aprendeu a carregá-la. E, enquanto houver alguém lembrando, rimando, pintando ou vivendo com a intensidade que ele defendia, MC Fábio continuará aqui, do jeito que sempre foi: permanente, colorido, intransigente com os sonhos, enorme.

 

Saudades, meu irmão. Saudades para sempre.

Jornalista Siona Júnior

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A gala do Prémio “50 Poemas para Agostinho Neto” será realizada no dia 8 de janeiro de 2026, após ter sido adiada por razões administrativas que impossibilitaram a sua concretização na data inicialmente prevista, 10 de novembro de 2025. O evento conta com o apoio do Governo Provincial do Icolo e Bengo e é organizado pela CONJOE – Consórcio de Jornalistas e Empreendedores do Icolo e Bengo.

 

A cerimónia visa celebrar a produção literária dedicada à figura de Agostinho Neto, destacando autores que, através da poesia, preservam e revisitam o legado do primeiro Presidente de Angola. A organização assegura que todos os preparativos estão em fase final e que a nova data permitirá uma gala “à altura da importância cultural do prémio”.

 

Segundo a CONJOE, o adiamento deveu-se a ajustes logísticos e processuais, considerados fundamentais para garantir a qualidade e a transparência da edição deste ano. As entidades parceiras reforçam igualmente o compromisso de apoiar iniciativas que promovam a literatura, a cultura e o talento local no Icolo e Bengo.

 

A gala de janeiro deverá reunir escritores, autoridades locais, entidades culturais e membros da sociedade civil, numa noite dedicada à poesia, à memória e à valorização da identidade angolana.

 

O autor premiado deverá aceitar que o CONJOE proceda a uma revisão literária dos originais, na qual sejam eliminadas todas as incorrecções ortográficas ou gramaticais, e resolvidas as inconsistências com as normas de estilo adoptadas para a publicação.

O premio foi instituído pelo com objectivo de mobilizar os habitantes da Província de Icolo e Bengo a terem uma participação activa nas celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, assim como homenagear o Poeta Maior e valorizar o talento provincial vocacionado na criação de textos poéticos.

 

O Prémio 50 Poemas Para Neto é o contributo ao génio criativo de cinquenta individualidades dos diversos ramos do saber e do CONJOE para o enriquecimento do mosaico literário angolano.

Jornalista Siona Júnior

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Nos últimos dias, muito se tem falado sobre a recente aparição pública da cantora Yola Semedo, na qual se notou uma acentuada perda de peso. O que poderia ter sido apenas mais um momento artístico transformou-se rapidamente num fenómeno de especulação, críticas duras e comentários cruéis. De repente, surgiram insultos gratuitos, teorias sem fundamento e um ambiente de julgamento que nada acrescenta — nem à artista, nem a nós como sociedade.

 

É importante lembrarmos que, por trás da figura pública, existe uma mulher real.

 

Uma mulher com vida, emoções, medos, limitações e, possivelmente, batalhas invisíveis. Nunca sabemos o que alguém está a atravessar. Talvez Yola Semedo esteja a viver problemas familiares, desafios emocionais, ou mesmo a enfrentar uma enfermidade. E, se assim for, a última coisa que precisa é de um coro de vozes negativas a amplificar a sua dor.

 

O que estamos a fazer, ao comentar com leviandade sobre a aparência de alguém, é minar o seu bem-estar emocional e destruir a sua autoestima. E trata-se de uma artista que durante décadas nos ofereceu música, arte e momentos inesquecíveis alguém que merecia, no mínimo, respeito e compreensão.

 

Vivemos tempos em que a empatia parece ser cada vez mais rara.

 

Esquecemo-nos de que as palavras têm impacto, e que a exposição pública não anula a vulnerabilidade humana. Hoje é Yola Semedo; amanhã pode ser qualquer outra pessoa alguém próximo, um amigo, um familiar, ou até nós próprios.

 

Em vez de nos juntarmos à onda de boatos e julgamentos, deveríamos olhar para esta situação como um apelo à humanidade. Precisamos de aprender a ser mais cuidadosos com o que dizemos, mais generosos no modo como reagimos e mais atentos às dores que não vemos.

Paulo Matias | jornalista da RNA

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A Orquestra Sinfónica Camunga é uma fonte de superação para crianças, adolescentes e jovens da periferia da Samba e arredores de Luanda, provando que a arte pode ser o mais poderoso instrumento de inclusão social e orgulho nacional.

 

Nascida no coração da Samba, entre ruas sem pedonal, a poeira das estradas e o perfume salgado do mar, a Orquestra Sinfónica Camunga começou como um sonho simples: ocupar a comunidade com sons de esperança. O projeto nasceu com o propósito de afastar jovens das encruzilhadas da ociosidade e aproximá-los de um futuro melhor através da música.

 

Com aulas de violino, violoncelo, flauta, trompete e percussão, as tardes da Samba ganharam nova melodia. Onde antes se ouvia o eco do silêncio e do abandono, hoje ressoam harmonias que falam de disciplina, talento e fé. Muitos dos seus integrantes são filhos de pescadores, zungueiras e mototaxistas — jovens que encontraram nas partituras uma nova forma de sonhar.

Hoje, a Orquestra Sinfónica Camunga representa Angola na Espanha com orgulho e firmeza. O que começou como um ensaio improvisado debaixo de um toldo transformou-se numa das maiores referências de superação cultural do país. A presença internacional é mais do que uma vitória artística — é a prova viva de que a periferia também produz excelência, quando há visão e liderança.

 

No centro dessa trajetória está o Maestro Camunga, um homem que sempre acreditou que o talento da Samba não devia ficar preso às esquinas. A sua determinação em formar jovens músicos, mesmo sem instrumentos suficientes ou salas adequadas, moldou uma geração de artistas que hoje se apresentam com brilho e confiança diante do mundo.

Malamba Camunga não é apenas um maestro: é um arquiteto de sonhos, um construtor de futuro. A sua batuta guia não só as notas musicais, mas também os destinos de quem acreditou que a arte podia ser redenção.

 

A Orquestra Sinfónica Camunga é mais do que um grupo musical — é um símbolo. Mostra que a cultura, quando é tratada com amor e persistência, pode romper fronteiras, erguer comunidades e colocar Angola em palcos que antes pareciam distantes.

 

Enquanto os acordes ecoam pela Espanha, ecoa também o orgulho da Samba — uma comunidade que aprendeu que, mesmo com estradas sem pedonal, é possível marchar rumo à grandeza, conduzida pela força invisível da música e pela fé de um maestro que nunca desistiu de sonhar.

Jornalista Siona Júnior

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