Uma delegação da Assembleia Nacional, chefiada por Carolina Cerqueira, desloca-se hoje à Brazzaville, capital da República do Congo, para participar na 16.ª Conferência dos Presidentes das Assembleias e Secções da Região África da Associação dos Parlamentos da Francofonia (APF), que decorre de 15 a 17 deste mês.
De acordo com o comunicado do Parlamento a que o Jornal de Angola teve acesso, a conferência vai abordar, entre outros temas, a situação política nos países francófonos africanos, com destaque para os processos de transição política em curso no Burkina Faso, Gabão, Guiné Conacri e Mali, assim como a problemática do acesso à energia eléctrica no continente africano.
Angola tornou-se membro de pleno direito da Associação dos Parlamentos da Francofonia em Julho de 2024, durante a 49.ª Assembleia da organização, realizada em Montreal, no Canadá. Na ocasião, a presidente da Assembleia Nacional considerou a adesão “um passo significativo na diplomacia parlamentar angolana”, abrindo portas para uma participação activa nas discussões internacionais sobre paz, democracia, desenvolvimento sustentável e integração regional.
O processo de adesão de Angola à Associação teve início em 2003, quando Carolina Cerqueira participou, como convidada, na assembleia realizada em Abidjan, Côte d’Ivoire, à frente de uma delegação parlamentar.
A Associação dos Parlamentos da Francofonia é composta por 90 secções de Parlamentos e organizações interparlamentares que partilham a língua francesa. Tem a missão de representar os povos francófonos, promover a democracia, o Estado de direito e os Direitos Humanos, fomentar a solidariedade dentro da comunidade francófona e valorizar a influência da língua francesa a nível internacional.
Integram a delegação da Assembleia Nacional os deputados Alcides Sakala, Elizandra Wassuca e Bernardo Milonga, assim como o secretário-geral Pedro Agostinho de Neri.
A organização insere-se na esfera da Organização Internacional da Francofonia, criada em 1970, que reúne actualmente 88 Estados e Governos, incluindo 54 membros de pleno direito e 27 observadores.