Sábado, Setembro 20, 2025

O SUICÍDIO DO SUBCOMISSÁRIO E OS PROBLEMAS QUE MINIMIZAMOS

Agora, o que as famílias devem passar a discutir, abertamente, e procurar saber é o enriquecimento brusco

Por: apostolado
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Parece irremediável a ideia do “cabrito ter de comer onde estiver amarrado”, pouco importando se por via do roubo, furto, peculato, corrupção, tráfico de influência e práticas conexas, sem que os próximos tenham de, pelo menos, aconselhar ao contrário, questionando tal opção.

Mesmo sabendo que o estilo de vida ostentado pelos entes queridos não corresponde minimamente com os rendimentos que auferem, os familiares pouco se importam e, não raras vezes, se orgulham de usufruir do produto das práticas já referidas.

É bom que as famílias não sejam apenas reactivas para, depois das consequências que advêm das práticas dos seus entes queridos nas instituições em que funcionam, alegarem perseguição, responsabilidade ou culpa em casos como o que ocorreu há dias com o subcomissário do SME que, ao que se diz aqui pelas redes sociais, se terá suicidado na sequência da reunião de trabalho em que, alegadamente o chefe o confrontou com um áudio em que o mesmo e um estrangeiro eram os actores. Ora, ninguém se  suicida numa circunstância tal como descrita, por causa de uma exposição de uma prática em que se é visado e nem é sensato atribuir ao chefe a morte por suicídio, independentemente da actuação daquele último.

Para lá das relações humanas e laborais insustentáveis, que existem em muitas instituições onde os chefes, a vários níveis, confundem como empresas familiares ou as suas casas, ninguém tira a sua própria vida por causa de discussões, abusos ou mesmo ameaças desse mesmo chefe.

Agora, o que as famílias devem passar a discutir, abertamente, e procurar saber é o enriquecimento brusco, ilícito e claramente contrário aos rendimentos ou afazeres dos seus membros, porque, muitas vezes, o caminho que os leva a isso é exactamente o mesmo da morte precoce e aparentemente inexplicável. Depois, ingenuamente, alegam inveja, perseguição e outras coisas quando, na verdade, as causas que levam à desgraça ficam à vista de todos. São esses os problemas que minimizamos.

Reflexão do Jornalista Faustino Henrique

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