Terça-feira, Novembro 18, 2025

CONSELHO FISCAL E JURISDICIONAL DO CNJ AFASTA TRÊS ORGANIZAÇÕES POR ATUAÇÃO CONSIDERADA “CONFUSA” E INCOMPATÍVEL COM O PAPEL ESTATUTÁRIO

CNJ - Conselho Nacional da Juventude

Por: apostolado
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O Conselho Fiscal e Jurisdicional do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) decidiu afastar três organizações juvenis por um período de três anos, alegando comportamentos considerados “confusos” e desalinhados com o verdadeiro papel institucional que lhes compete no seio da plataforma. A medida, sustentada no Artigo 31 do Estatuto do CNJ, atinge a AJUS – Associação Jovens Unidos e Solitário, a UNE – União Nacional dos Estudantes Angolanos e a AJOC – Associação dos Jovens Operários e Camponeses.

 

A deliberação surge após um período de análises internas em que, segundo fontes do próprio CNJ, foram identificadas “inconsistências procedimentais”, fragilidades na representatividade e ações que alegadamente contrariavam os princípios de transparência, organização e responsabilidade cívica exigidos às entidades filiadas.

 

Embora o documento oficial não detalhe publicamente as infrações específicas, membros do Conselho Fiscal apontam que as três organizações vinham apresentando condutas consideradas “irregulares”, desde dificuldades na prestação de contas até alegada manipulação da sua representatividade juvenil, o que teria comprometido o normal funcionamento da instituição.

 

A decisão, que tem carácter sancionatório e pedagógico, reacende o debate sobre a necessidade de maior rigor no processo de admissão, acompanhamento e avaliação das organizações membro do CNJ. Especialistas em políticas juvenis alertam que episódios como este evidenciam fragilidades estruturais no movimento associativo juvenil e pedem reformas internas mais profundas para garantir maior credibilidade às entidades que dizem representar a juventude angolana.

 

As organizações suspensas ainda não reagiram oficialmente à decisão, mas membros ligados às mesmas consideram que o afastamento poderá refletir divergências internas mais amplas no campo da representação juvenil. Para já, ficam impedidas de participar em todas as atividades deliberativas e executivas do Conselho Nacional da Juventude até ao termo da penalização.

CNJ

Com esta medida, o CNJ procura reforçar o cumprimento rigoroso das normas estatutárias, ao mesmo tempo em que tenta salvaguardar a legitimidade e o papel do órgão como plataforma unificadora da juventude angolana. Resta saber se a decisão contribuirá para estabilizar o ambiente interno ou se abrirá espaço para novos confrontos políticos no seio das organizações juvenis.

Jornalista Siona Júnior

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