Liga das Escritoras da África – Diversidade e integração africana

Foi criada a 9 de março, em Rabat, a Liga Africana das Escritoras. Representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique estiveram no ato constitutivo. Duas delas, Odete Semedo (da Guiné-Bissau) e Vera Duarte (de Cabo Verde) ilustraram, na emissão “África em Clave Cultural: personagens e eventos”, os propósitos da Liga: paz, cooperação sul-sul, promoção da arte literária produzida pelas africanas. Filinto Elísio fala, na sua crónica, de ideias e discursos no Congresso constitutivo.

Natural de Rabat, onde nasceu a 9 de março de 2023, tendo como mãe a pré-existente “Liga das Escritoras Marroquinas”, a “Liga das Escritoras da África” tem, na realidade, muitas outras mães: são as mais de 40 escritoras de todo o continente que se deslocaram à capital marroquina para o ato constitutivo da Liga continental.

Querem que seja, antes de mais, uma porta-bandeira da paz, desenvolvimento e integração em África, que promova as mulheres na literatura, que seja ousada, responsável, apaziguadora no processo de integração continental, fazendo da diversidade uma força e não um obstáculo à inclusividade.

É isto que sobressai das considerações de Odete Semedo e de Vera Duarte, segundo as quais “valeu a pena” deslocar-se a Marrocos e abraçar a causa da Liga a que deram à luz.

E se a sede será no Marrocos, em cada país membro haverá antenas. Tanto a Odete como a Vera já têm ideias claras sobre como dinamizar o organismo nos seus respetivos países, em conexão com o organismo central, que se espera, um dia, venha ser uma Liga de Escritoras e Escritores, sem distinção de género, mas de momento, há ainda muito caminho a andar para que eles e elas possam jogar em pé de igualdade, faz notar uma das intervenientes no “África em Clave Cultural: personagens e eventos”.

O dia 9 de março passará a ser o Dia da Escritora Africana – salienta, Filinto Elísio (da Rosa de Porcelana Editora) na sua crónica sobre esse importante evento marcado também por intervenções de encorajamento e valorização da parte do Ministro da Juventude, Cultura e Comunicação, do Diretor da Biblioteca Nacional Real de Marrocos, que anunciou algumas iniciativas na manga, ou ainda da própria Presidente da Liga das Escritoras do Marrocos, Badia Radi que recordou a necessidade de recursos para a consolidação da recém-criada Liga continental e da sua missão em matéria de desenvolvimento humano e cultural.

Fonte: Vatican News

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