Os casos de varíola dos macacos (Mpox) não cessam de aumentar na República Democrática do Congo (RDC) avançou, hoje, a organização não-governamental, Save the Children, reporta a Lusa.
De acordo com a Save the Children, a rápida propagação do vírus na RDC, com quase 90% de todos os casos, está a sobrecarregar um sistema de saúde já fragilizado que ainda se encontra a recuperar de anteriores surtos como Ébola e Covid-19.
Além disso, o país tem de lidar também com a escassez de pessoal médico e de material, só na cidade Goma alguns centros saúde ultrapassam a capacidade de suportar o elevado número de doentes.
Segundo o epidemiogista e especialista em varíola Jacques, o pior caso que presenciou foi o de “um bebé de seis semanas que tinha apenas duas semanas quando contraiu a varíola mucosa e que está sob os nossos cuidados há quatro semanas”, acrescentou que foi infectado devido à sobrelotação do hospital porque “ele e a mãe foram obrigados a partilhar o quarto com outro doente que tinha o vírus que na altura não estava diagnosticado”.
“Tinha erupções cutâneas por todo o corpo, a pele começou a ficar preta e tinha febre alta. Os pais ficaram chocados com o seu estado e recearam que estivesse a morrer”, refere a mesma fonte.
As crianças correm o maior risco de contrair a doença do que os adultos com 70% dos 14.901 casos da RDC a ocorrerem em menores de 15 anos e 39% em crianças com menos de cinco anos, relata a Organização Mundial de Saúde.
A Mpox provoca febre, erupções cutâneas e lesões por todo o corpo, bem como fadiga, pode ler-se.
As autoridades alertam para que os países vizinhos estejam alerta para que a varíola não se espalhe até seus territórios.