MORREU PRIMEIRO VENCEDOR DA BOLA DE OURO AFRICANA

O primeiro vencedor da Bola de Ouro africana, Salif Keita, morreu, aos 76 anos, no último sábado, anunciou a família, citada pela Imprensa Internacional.

Salif Keita foi distinguido pela revista France Football, em 1970, quando arrecadou a primeira edição do prémio de melhor futebolista africano, superando a concorrência directa de Laurent Pokou, da Côte d’Ivoire, e Ali Abo Greisha, do Egipto.

Na temporada de 1970-71, o antigo avançado maliano, que representava o AS Saint-Étienne, apontou 42 golos, na liga francesa, e ficou atrás, apenas do então Bota de Ouro, Josip Skoblar, campeão pelo Marselha, com 44.

A Bola de Ouro africana prolongou-se, até 1994, mas foi descontinuada em 1995, uma vez que a Bola de Ouro, reservada a futebolistas europeus, também, passou a ser elegível para não-europeus, permitindo ao liberiano George Weah, do AC Milan, ser, até hoje, o único vencedor proveniente do continente.

E em 1992, a Confederação Africana de Futebol passou a distinguir o melhor futebolista de África, com Abedi Pelé, que tinha sido eleito o melhor jogador do Campeonato Africano das Nações nesse ano, a merecer a distinção.

Um prodígio desde tenra idade

Nascido em 1946, em Bamako, no Mali, Salif Keita foi tricampeão pelo AS Saint-Étienne, em 1967-68, em 1968-69, 1969-1970, e ganhou duas taças de França, em 1967-68 e em 1969-70.

Foi nas ruas, sem qualquer treinamento, que com a bola nos pés, desenvolveu o talento que lhe era nato e as movimentações que se tornariam características do seu estilo de jogo ao longo da carreira.

Aos 16 anos, já era chamado para jogar pela sua selecção nacional.

Despertou atenção do Real Bamako que o haveria de contratar, mas foi ao serviço do Stade Malien, na época de 1964-65, que atingiu a final inaugural da competição predecessora da Liga dos Clubes Campeões Africanos, denominada Taça Kwame Nkrumah, por 1-2, diante do Oryx Douala, dos Camarões, onde foi eleito melhor marcador com três golos.

Na segunda edição da prova, em 1966, regressou à final, desta vez, frente ao Stade d’Abidjan, como jogador do Real Bamako, onde já tinha actuado, e foi o artilheiro máximo do torneio com 14 golos.

Em 1972, viu as Águias do Mali alcançarem a final do Campeonato Africano das Nações e serem derrotadas, por 2-3, com o Congo, porque não pôde participar do derradeiro encontro, estando afectado por uma lesão no tornozelo.

Salif Keita teve passagens pelo AS Saint-Étienne, Marselha, Valência e até no Sporting Clube de Portugal.

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