A informação, citada pela Angop, foi prestada, ontem, pelo director do projecto pelo GAMEK, Joaquim Garcia, durante a visita efectuada ao empreendimento pela vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, sublinhando que “o Executivo angolano não deve nada ao empreiteiro, ao contrário, a empresa construtora é que está e, nós somos os que temos dívidas com o Governo”.
“Do ponto de vista da execução financeira o Governo de Angola não tem dívida, tem todos os valores pagos, nós é que estamos um pouco atrasados porque tivemos que actualizar o nosso cronograma em função de algumas situações técnicas corrigidas ao longo da execução física do projecto”, frisou.
Informou que a execução física da barragem ronda os 92 por cento e a previsão de entrega do projecto ao Governo angolano é até Novembro deste ano.
Fez saber que todos os equipamentos já estão montados e duas das quatro turbinas já funcionam em pleno, sendo que as outras duas estão em fase de acertos.
Disse que recentemente registou-se uma ocorrência de entrada de areia no circuito hidráulico o que obrigou a paralisação da central e ao mesmo tempo realizar acertos nas últimas duas turbinas que faltavam.
Disse que actualmente a cidade do Dundo tem um consumo de energia eléctrica a rondar os 15 megawatts , com a entrada em funcionamento pleno da barragem do Luachimo, com 34 MW, a cidade terá um excedente de quase 14 megawatts.
As obras compreenderam a reabilitação dos equipamentos mecânicos, execução de um novo circuito hidráulico dimensionado para 240 metros cúbicos de água por segundo, constituído pelaomada de água, canal de adução, câmara de carga e canal de restituição.
Foi também construída uma nova subestação de 60 quilovolts e remodelada a estrada de acesso à barragem, incluindo a passagem para a central.
A nova infra-estrutura da central tem 35 metros de altura, o equivalente a um prédio de 11 andares, instalada numa área de 50 metros de extensão e 30 outros de secção transversal.
O edifício da antiga central foi reabilitado para servir instituições de ensino técnico, perspectivando-se ser o primeiro museu do sector de energia em Angola.
A empreitada inclui a recuperação da linha de transporte de alta tensão de 85 quilómetros até à vila mineira do N´zagi, município do Cambulo, com um valor adicional avaliado em 40 milhões de dólares.