A construção de uma sociedade cada vez melhor depende do envolvimento de todos. Por isso, a entrega dos membros da sociedade civil organizada ao lado do Estado na busca de soluções para problemas respeitantes às populações é necessária.
Há espaço para todos e cada um pode desempenhar diversos pápeis. É assim que a máquina funciona, com todas as peças engrenadas. O Estado faz a sua parte, traçando as políticas públicas, desenhando o esquema de orientação, mas os demais membros são, igualmente, actores no processo, sobretudo no momento de execução. Nesse esforço está alinhada a perspectiva de ganho comum, razão porque a entrega deve, também, ser nessa medida: fazer bem para que haja bons resultados.
A Igreja tem um forte pendor evangélico, mas a história também já provou a sua grande vertente social, quer no domínio da Saúde, quer no da Educação ou noutras áreas. Muitas escolas e postos de sáude têm as mãos de igrejas. Muitos dirigentes que hoje lideram Estados e outras instituições de grande relevo fizeram parte da sua formação em instituições religiosas.
A questão da integração social é um dos grandes focos da acção pastoral, alicerçando a consciência do homem para uma actuação dentro dos padrões ideais de uma sociedade sã, com consideração para a dignidade pessoal e colectiva.
O Executivo desenvolve uma aposta contínua na melhoria dos serviços de saúde, de ensino, no emprego e na sustentabilidade familiar. Mas não pode fazer isso sem a intervenção de outros agentes sociais. Por isso, é de saudar as iniciativas vidas à realização de trabalhos conjuntos.
Muito recentemente, o Presidnte da República, João Lourenço, recebeu, no Palácio da Cidade Alta, várias entidades religiosas para discutir assuntos de âmbito social. Trata-se de uma acção que não deve ser esporádica, mas permanente, num ambiente de consultas e buscas de saídas para o bem comum.
Nesta semana, a Vice-Presidente da República realizou acção idêntica. Esperança da Costa recebeu, no seu gabinete, alguns líderes religiosos para analisarem questões importantes de ordem social relacionadas, essencialmente, com a Educação, Saúde e combate à pobreza. Entretanto, outros temas, também, estiveram sobre a mesa. A necessidade de mobilização dos fiéis para o Censo Geral da População e Habitação, que arranca na próxima semana, foi um dos assuntos que a Vice-Presidente da República abordou com o secretário-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Vladimir Agostinho, enquanto que com o presidente do Conselho de Reavivamento de Angola (CIRA), Esperança da Costa analisou a problemática da violação dos direitos da criança, nomeadamente a violência sexual contra menores.