VACINAÇÃO CONTRA A MALÁRIA É INTRODUZIDA A PARTIR DESTE ANO NO SISTEMA DE SAÚDE

Angola vai introduzir, a partir deste ano, no Sistema Nacional de Saúde Pública, a vacinação contra a malária, com vista a reduzir a elevada taxa de mortalidade causada pela doença, anunciou, terça-feira, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

 

Carlos Pinto de Sousa fez o anúncio à imprensa, numa unidade hoteleira, à margem do Encontro Metodológico de Avaliação do Programa Alargado de Vacinação e Preparação da terceira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio, que decorre até amanhã.

 

O Ministério da Saúde, disse, está já a efectuar as encomendas das vacinas e, tão logo se obtenha resposta da fábrica, as mesmas vão ser disponibilizadas  para todo o país. O governante justificou a demora na recepção das vacinas com a grande procura por parte de países africanos, onde a doença constitui, igualmente, um grave problema de saúde pública.

 

Segundo Carlos Pinto de Sousa, esforços estão a ser feitos para que se tenha uma resposta mais célere por parte da fábrica e, desta forma, introduzir-se a vacina contra a Malária no Sistema Público de Saúde, a fim de beneficiar toda a população.

 

Sobre o encontro metodológico, o secretário de Estado referiu que o mesmo foi organizado com o objectivo de se avaliarem os principais indicadores de desempenho da vacinação de rotina e analisar os principiais constrangimentos que impedem que se atinjam altas taxas de cobertura vacinal.

 

A actividade, acrescentou, está a servir, também, para se propor acções mais adequadas, levando em conta a situação epidemiológica, populacional e de mobilidade de cada província, com particular realce para o Moxico, que apresentou uma taxa de cobertura vacinal muito baixa na primeira e segunda fases da campanha conta a poliomielite.

 

Para Carlos Pinto de Sousa, a vacina é uma das ferramentas mais poderosas que se tem disponível para proteger vidas e prevenir doenças que mutilam as crianças, como é o caso específico da poliomielite. “As vacinas salvam milhares de vidas todos os anos e são essenciais para reduzir a mortalidade infantil, juvenil e adulta e servem como medidas preventivas que aliviam a pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde Pública”, afirmou.

 

 

Imunização contra o HPV em Novembro

 

O secretário de Estado para a Saúde Pública reiterou que, em Novembro, começa a ser administrada a vacina contra o cancro do colo uterino, causada pelo Vírus do Papiloma Humano(HPV).

 

Segundo Carlos Pinto de Sousa, a campanha será realizada em duas fases. Na primeira, vão ser vacinadas cerca de dois milhões de meninas entre os nove e os 12 anos, que estejam inseridas dentro do sistema nacional de ensino.

 

Na segunda fase, adiantou, vão ser imunizadas as meninas com as mesmas idades, mas que se encontram fora do sistema de ensino. O processo vai decorrer nos Postos de Vacinação de Alto Rendimento (PVAR), unidades sanitárias e equipas móveis e avançadas que se deslocarão em áreas rurais e de difícil acesso. Carlos Pinto de Sousa informou que, a partir do próximo ano, a vacina contra o cancro do colo uterino também vai ser introduzida no calendário nacional de vacinação.

 

Por seu turno, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Yoti Zabulon, que também se fez presente na actividade, disse que a instituição e o UNICEF vão continuar a prestar apoio técnico para assegurar uma distribuição harmoniosa e bem-sucedida, tanto na terceira fase da campanha de vacinação contra a pólio, como na do cancro do colo uterino. No encontro, que termina amanhã, estão a participar altos funcionários do UNICEF, GAV e do Ministério da Saúde.

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