Foi durante a realização de uma conferência de imprensa, no Sábado 17 de Fevereiro, na sua sede cita no Tanque do Cazenga, sobre o estado da associação, que o Presidente da Liga Angolana de Ex Presos Políticos considerou como sendo medíocre a condição social dos combatentes e antigos presos políticos angolanos da cadeia de São Nicolau, na Província de Namibe no tempo colonial.
João Mavilacana, Tenente General na reforma, diz não fazer sentido por exemplo, que os bravos guerreiros continuam a receber os perto de 25 mil kwanzas, que o Governo desembolsa para os antigos combatentes e veteranos da pátria.
“Estou cansado de ver os meus associados, estes bravos guerreiros a receberem este dinheiro que actualmente fruto da alta dos produtos essencialmente da cesta básica, não serve para nada” enfatizou, acrescentando que o país deve olhar orgulhosamente os antigos combatentes que se bateram pela libertação do povo.
O também conhecido “Bravo País”, apelido de guerra, reafirma não fazer sentido por exemplo, que actualmente um capitão ou um outro oficial das Forças Armadas Angolanas venha a receber de vencimento mensal mais de 300 mil kwanzas, enquanto a eles são apenas disponibilizado menos de 30 mil kwanzas.
“Estamos a anos a lutar para que esta situação seja resolvida, mas até aqui nada. Um capitão ganha cinquenta vezes mais que um antigo combatente ou veterano da pátria? Que se bateu para libertar o país dos colonos? Que sofreu e aguentou as torturas na cadeia de São Nicolau” questionou.
O responsável pede ainda apoio das autoridades e sociedade civil, para o apetrechamento da sede da organização, que se encontra a atravessar “tempos difíceis” há mais de vinte anos.
“Precisamos de móveis e computadores para prosseguirmos com o nosso trabalho. A sede foi assaltada há coisa de alguns anos, e ficamos sem nada. Precisamos de apoio povo angolano” concluiu.
A Liga Angolana dos Ex Presos Políticos foi fundada em 1976 pelos antigos presos que foram detidos e torturados na Cadeia de São Nicolau pelo colono português.
Repórter Delgado Teixeira