Sob o título “Formas híbridas (de influência) Cokwe”, as pinturas foram produzidas com tinta acrílica sobre tela, incluindo técnica mista com objectos incrustados e intervencionados.
A exposição está aberta ao público até ao dia 26. Resulta de uma expedição de campo para conferir a bibliografia existente a respeito dessa tradição endógena, segundo o pintor.
A mostra é uma revisitação à cultura cokwe, pois, o objectivo é entrar na cultura nativa dos povos da Lunda-Sul para melhor perceber se o conteúdo produzido por nacionais e estrangeiros corresponde à realidade.
Afirmou que essa realidade cultural deve ser acrescida porque boa parte dos livros foram escritos no período colonial e por autores estrangeiros apresentando, por isso, algumas lacunas.
Francisco Van-Dúnem “Van” é mestre em Educação Artística pela University of Surrey Roehampton, Londres, em colaboração com o Instituto Superior Politécnico de Viana do Castelo (Portugal). Membro fundador da União Nacional dos Artistas Plásticos e co-fundador e professor da Escola Média de Artes Plásticas em Luanda.
Foi director da Direcção Nacional de Formação Artística (DINFA) e é detentor dos prémios Mural Cidade de Luanda (1984), de pintura, do Banco de Fomento e Exterior de Portugal (1990) e ENSA Arte, na categoria de pintura, nas edições de 1996 e 2004.
Tem mais de doze exposições individuais no país e no estrangeiro, sendo a primeira, denominada “Desenho, Gravura e Pintura”, apresentada em Luanda, 1984, a segunda “Pintura”, em Setúbal,1993, a terceira “Participação Individual”, na 23ª Bienal de São Paulo, 1996, e a quarta “Expo Cidade de Luanda”, em 2006.
Participou em exposições colectivas de artistas conceituados em vários países, entre os quais Argélia, Cabo Verde, Zâmbia, Gabão, Cuba, Brasil, Espanha, Portugal, Suécia, Alemanha e Estados Unidos da América.