PETRO DE LUANDA, O MEU CLUBE DE CORAÇÃO, PERDEU O JOGO DIANTE DO 1.º DE AGOSTO COM ARBITRAGEM QUE LEVANTA DESCONFIANÇA

Neste domingo, 9 de novembro, no Estádio 11 de Novembro, o clássico dos clássicos do futebol angolano — Petro de Luanda contra 1.º de Agosto — terminou com um sabor amargo para os tricolores. O Petro, que entrou em campo com garra e o apoio fervoroso da sua massa associativa, acabou por ser derrotado num jogo onde a arbitragem voltou a estar no centro das atenções, deixando no ar a velha sensação de que, em certos momentos, o apito parece ter cor.

 

O dérbi começou equilibrado, com as duas equipas a demonstrarem o peso da rivalidade. O Petro dominou em posse de bola e criou oportunidades claras, mas viu algumas decisões polémicas travarem o seu ímpeto. Um penálti duvidoso marcado a favor do 1.º de Agosto e faltas não assinaladas em lances cruciais contra os petrolíferos geraram revolta tanto nas bancadas quanto nas redes sociais, onde os adeptos não pouparam críticas à equipa de arbitragem.

 

É inegável que o 1.º de Agosto mostrou qualidade e eficácia nas poucas oportunidades que teve, mas também é verdade que o rumo do jogo foi influenciado por decisões discutíveis. A arbitragem, que devia ser o árbitro da verdade desportiva, tem sido muitas vezes a sombra que paira sobre o nosso Girabola, alimentando teorias de favorecimento e descredibilizando o espetáculo.

 

Como adepto do Petro de Luanda, é frustrante ver tanto esforço e dedicação serem comprometidos por fatores externos. O futebol devia ser decidido dentro das quatro linhas, com mérito e fair play. No entanto, enquanto persistirem arbitragens de “nível gira desconfiança”, o nosso desporto continuará refém da suspeita, e o brilho dos grandes jogos perderá o seu verdadeiro valor.

 

O Petro perdeu, é verdade — mas perdeu lutando, e com a dignidade de quem ainda acredita num futebol limpo. Agora, resta-nos esperar que as instâncias competentes olhem com seriedade para o estado da arbitragem nacional, porque os adeptos merecem mais do que desculpas: merecem justiça e transparência no desporto que tanto amam.

Jornalista Siona Júnior

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