O prémio Nobel da Paz foi atribuído, esta sexta-feira, à activista e jornalista iraniana Narges Mohammadi, pela “luta contra a opressão das mulheres no Irão” e “pela promoção dos direitos humanos e liberdade para todos”, foi revelado em conferência de imprensa.~
“A sua luta valente veio com custos pessoais tremendos. O regime iraniano já a deteve 13 vezes, condenando-a 5 vezes a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas”, argumentou o Comité Norueguês do Nobel.
Narges Mohammadi, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, encontra-se, actualmente, detida.
“Após a sua libertação sob fiança após ser detida, pela primeira vez, em 2011, Mohammadi, laureada pela Paz deste ano, mergulhou numa campanha contra o uso da pena de morte. O seu activismo contra a pena de morte levou à sua nova detenção em 2015 e a uma pena adicional de vários anos trás as grades”, lê-se numa nota oficial do Comité Norueguês do Nobel, no X (antigo Twitter).
Segundo o Notícias ao Minuto, o regime do Irão, no poder desde a revolução de 1979, tem sido fortemente criticado pelo seu tratamento das mulheres, principalmente após a morte de Mahsa Amini às mãos da chamada “polícia dos costumes”.