A residência em causa segundo a queixosa, pertence aos seus pais já falecidos, que naltura cederam um anexo para morar aos seus tios (irmão cassula de sua mãe e a cunhada, também já falecidos), provenientes do interior do país.
Passados alguns anos, o tio se negava a abandonar a casa, alegando não ter ainda um outro lugar pra viver. Foi então nesta altura que o tio terá supostamente consultado o advogado em causa para saber se não o podia ajudar a cedê-lo um título de propriedade toda aquela residência.
“Com aquela resistência do irmão em deixar a casa, a minha mãe e o meu pai decidiram se mudar para outra nossa casa; o tio ficou com toda casa aí a viver com a sua família mas sempre com a pressão da minha mãe para abandonarem; foi então que depois de receber instruções do advogado sem o nós sabermos, o tio pede os documentos originais passados em nome dos meus pais, com o pretexto de que a fiscalização apareceu e pediram os documentos da casa” explicou.
Conceição Fançony dos Santos acredita que, foi neste momento que o tio os entrega ao funcionário da Junta da Habitação advogado Santa Rosa, que destruiu aqueles documentos e passou outros em nome do tio.
A nossa entrevistada revela que “o senhor advogado arranjou outros documentos com a condição de tirar dividendos também; porque depois da morte dos tios, o senhor Santa Rosa contínua a apoiar os meus primos, que também descobrimos que dão parte dos valores da casa que agora está a ser arrendada ao advogado, como se de um dos herdeiros se tratasse”.
Face a esta situação, o assunto foi levado ao Tribunal Provincial de Luanda “em 2018 ganhamos a causa na primeira instância mas o advogado Santa Rosa recorreu ao Tribunal Supremo, e ganhamos novamente a causa no mês de Julho do ano passado, em 2022, mas o advogado recorreu mais outra vez, só que desta ao Tribunal Constitucional” disse Conceição Fançony dos Santos visivelmente afastada.
Neste momento a cidadã teme que o advogado Santa Rosa use influências para poder ganhar o caso “nós temos medo por causa das influências dele, estes todos recursos é para ganhar tempo e arranjar formas de ganhar a causa por vias ilegais, por isso estamos a denunciar aqui no vosso jornal”. ESCUTA A ENTREVISTA DA JORNALISTA JOANA ZUNGUILA DA RÁDIO ECCLESIA