Em Angola, oito activistas foram detidos pela polícia nacional, na província de Cabinda, no sábado, 25 de Março, quando participavam num seminário sobre direitos humanos. A denúncia foi feita pelo advogado Arão Tempo, salientado que entre os detidos está o líder da Associação para Defesa da Cultura dos Direitos Humanos.
A Polícia Nacional em Cabinda, no norte de Angola, está a ser fortemente criticada por ter detido os oito activistas que participavam numa formação sobre direitos humanos, ministrado por activistas do Congo Brazzaville.
Arão Tempo diz que inicialmente foram detidos 40 activistas, mas horas depois a polícia libertou um grupo, deixando oito na prisão. Os jovens devem ser ouvidos ainda estar terça-feira pelo Ministério Público.
“Foram detidos, num salão, quando participavam numa formação. A polícia foi lá, com cinco viaturas, arrombaram até a própria porta, entraram deitaram as pessoas [no chão] e meteram algemas. Um tratamento inadequado e desumano. Alexandre Kuanga Nsitu está detido”, confirmou.
O advogado de defesa classifica a atitude da polícia de “acto de terror”, alertando para o facto de o Ministério Públio desconhecer as razões que estiveram a base da detenção dos seus constituintes.
Sim, desconheço. Uma questão que eu fico admirado é que mesmo o Ministério Publico vendo às atrocidades, vendo a ilegalidade não tem força para poder intervir. A polícia em Cabinda parece ter mais força que o próprio Procurador. Portanto, isso não passa de um terrorismo de estado em Cabinda”, alertou.
Arão Tempo confirmou à RFI que se encontra, desde as primeiras desta terça-feira, nas Instalações do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Cabinda, para acompanhar todo o processo audição dos jovens.
Fonte: ANGOP