” Os meios que nós temos são poucos, e precisamos de vários apoios para continuarmos a fazer o nosso trabalho junto das comunidades; precisamos de transportes, de equipamentos de sucção de água, de uma ambulância comunitária só para citar, porque temos técnicos de enfermagem mas faltá-nos estes equipamentos para podermos evacuar os doentes caso seja necessário ” desabafou o seu presidente.
Flávio Domingos Canhongo revela ainda que apesar do seu pendor social, a organização que dirige não recebe nenhuma verba do Orçamento Geral do Estado, pelo que todo e qualquer apoio que já beneficiaram tem vindo sobretudo das próprias comunidades ” temos vários planos em carteira e queremos promover, como por exemplo a de encontrar um espaço onde possamos receber e cuidar de pessoas vulneráveis, doentes mentais ou até mesmo mendigo, mas falta apoio, este projecto é uma das minhas metas para este ano “.
O associativismo de bombeiros vem na visão do nosso entrevistado contornar aquilo a que chamou de ” fraca cobertura dos efectivos do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros”, a BUSF prima mais na questão preventiva, com realce para as campanhas de consulta de saúde, combate a malária e outras doenças sazonais, e a distribuição de fármacos ou ainda treinamento sobre técnicas de primeiros socorros nas comunidades.
A BUSF Angola tem delegação ou órgão operativo nas províncias do Bengo, Huambo, Uíge, Kwanza Norte, Bié, Benguela, Cabinda, Huíla, Cuando Cubango, Malanje, Kwanza Sul e principalmente Luanda, nos municípios de Cazenga, Talatona, Luanda, Cacuaco e distrito do Sambizanga.
Conta com mais de 25 mil bombeiros voluntários que encontraram naquela organização, a forma de participar no desenvolvimento do país, sendo aquela ocupação para muitos, o primeiro emprego.
Importa referir que em outras latitudes da CPLP como em Portugal e no Brasil, este tipo de organização tem recebido apoio financeiro e reconhecimento, por parte de seus governos. Repórter Delgado Teixeira