Os utentes ouvidos fazem referência a vários relatos que circulam nas redes sociais, dentre áudios e imagens, com descrições feitas, algumas, na primeira pessoa, de actos violentos, roubos e raptos, que decorreram por meio de viaturas a fazer serviço de táxi.
A alegada insegurança motivada pela onda de actos criminosos realizados com o auxílio de viaturas e motorizadas em suposto serviço de táxi, leva, hoje, muitos a valorizar as viaturas de transportes públicos.
O facto de os autocarros passarem a ser encarados como “mais seguros”, comparativamente aos outros meios de transporte, sobretudo que realizam serviço de táxi, constitui um activo que as operadoras da referida utilidade pública devem continuar a explorar.
É verdade que a procura pelos autocarros é ainda reduzida, quando comparada com a oferta nas vias das principais sedes provinciais e seus arredores, em todo o país.
E, por esse facto, a comodidade nos nossos autocarros não é ainda a mais desejável,
Queremos acreditar que as operadoras de transportes públicos, quer as detidas pelo Estado, quer as detidas por privados, acompanham ou deviam acompanhar este desenvolvimento, relacionado com a manifestação de segurança para com os referidos meios, com todo o interesse.
Se ao fenómeno de insegurança se juntar a melhoria dos serviços prestados pelas operadoras, com a elevação da oferta de autocarros, expansão das rotas, benfeitoria interna nas viaturas e a oferta de um conjunto de serviços relacionados, não há dúvidas de que o negócio vai florescer.
O crescimento da credibilidade dos transportes públicos, motivado pelo factor segurança, é um desafio para as operadoras, restando saber até que ponto serão capazes de maximizar ganhos que se traduzam no aumento e melhoria dos seus serviços.
Congratulamo-nos, todos, pelo facto de as pessoas privilegiarem os autocarros em detrimento de outros meios de transporte, por causa da segurança, facto que deve ser bem aproveitado pelas operadoras e levar os operadores de táxi a fazer prova das suspeitas que recaem sobre as viaturas que conduzem.
Assim, ganhamos todos, à medida que se fortalece a segurança na circulação de pessoas e bens, através dos transportes públicos. Fonte: Angoemprego