No regresso e despedida oficial dos relvados, o ex-capitão da Selecção Nacional, Fabrice Maieco Akwá, reafirmou, quarta-feira, em Benguela, o desejo de dirigir a Federação Angolana de Futebol (FAF), para mudar o actual figurino, que segundo ele, já afecta o psicológico dos jogadores da Selecção Nacional.
Falando em exclusivo ao Jornal de Angola, no final da sua despedida oficial dos relvados, no desafio entre Nacional de Benguela e Desportivo da Lunda-Sul, para os 16 avos-de-final da Taça de Angola em futebol, que também serviu para a sua homenagem, disse que já não é novidade para ninguém a sua pretensão de dirigir a FAF.
Tal como sempre disse, eu quero dar o meu contributo dentro da Federação Angolana de Futebol (FAF). Isso não vou esconder porque já não é novidade para ninguém”, disse, rogando que “o futuro a Deus pertence”.
O goleador-mor dos Palancas Negras disse que apesar do desejo de dirigir a FAF, também, é preciso saber entrar na FAF pois significa contar com pessoas que realmente querem trabalhar e querem mudar o actual figurino.
“É claro que o nosso futebol precisa de todos nós, no dirigismo ou no treinamento”, disse, acrescentando que, “daqui para frente vamos ver. Há muitas coisas más no nosso futebol e temos que dar o nosso contributo de outra forma se quisermos ver as coisas a mudar”, defendeu, congratulando-se com o livramento do castigo que lhe havia sido imposto pela FIFA.
“Felizmente, já posso dar o meu contributo no futebol angolano legalmente, então, é isso. Vamos ver. Porém, a verdade é de que, este Akwá que fala de futebol, se entrega no futebol que viram no passado que voltarão a ver no futuro”, assegurou.
Ainda sobre o almejado desejo de se sentar no cadeirão máximo da FAF, Akwa disse que dirigismo é em todo lado. “Não vamos só olhar para a FAF. É claro, se aparecer convite de algum clube, estou disponível, mas, o desejo é estar na FAF, lamentando o que se passou com a Selecção Nacional de Angola “Palancas Negras” na fase que antecedeu o jogo diante do Ghana.
Segundo Akwá, é triste ler e ouvir aquilo que se passou no Ghana, para disputa do jogo qualificativo para o próximo Campeonato Africano de Futebol. Para ele, o que se passou afectou o psicológico dos jogadores.
“Os jogadores tiveram que abandonar o estágio para voltarem para os seus clubes porque as condições que diziam que estavam todas acauteladas, acabaram por não acontecer”, lamentou.
Disse, ainda, que o estágio que estava para ser em Portugal acabou por ser na Argélia, e depois à saída da Argélia para o Gana as coisas correram mal. Mesmo depois do jogo para o regresso a Angola, indicou, as coisas correram mal. “Temos que acabar com isso”, defendeu.
O dirigismo carece de pessoas sérias
Para Akwá, deve haver pessoas sérias no nosso dirigismo porque depois a culpa recai sempre aos jogadores quando há outras coisas por detrás, como é o caso da motivação que conta muito.
Akwá disse que o actual cenário começa a afectar o psicológico dos atletas. “Temos muita gente disponível e com vontade de dar o seu contributo no futebol, quer seja no treinamento, no dirigismo. Tem que se aproveitar essa gente”, defendeu.
Lembrou que há muita gente que jogou bola e que hoje também tem curso de treinador e de gestão de empresas. Salientou que, mesmo aquelas pessoas que não têm os cursos podem fazê-lo, porque hoje, reconheceu que, felizmente, há formação a toda hora.
Temos que aproveitar os nossos homens de futebol. Não podemos ficar para trás enquanto os outros estão sempre a evoluir”, comparou.
Fonte: JA