A FAF PRECISA ORGANIZAR-SE PARA O CAN-AKWÁ

A Federação Angolana de Futebol deve acautelar a organização e logística da Selecção Nacional, visando melhor resultado no Campeonato Africano, de 13 de Janeiro a 11 de Fevereiro de 2024, na Côte d’Ivoire.

De acordo com o ex-capitão dos Palancas Negras (como é conhecida a equipa angolana), Fabrice Maieco “Akwá”, o objectivo deve ser a melhoria dos quartos-de-final das edições do Ghana`2008 e Angola`2010, metas só possíveis com melhor organização.

Em delcarações à imprensa, sexta-feira, por ocasião da exposição da Taça do Campeonato Africano, no quadro de um périplo pelos países qualificados, afirmou existirem talentos em Angola e que o maior problema é administrativo e desrespeito aos atletas.

O autor do golo que colocou Angola no único Campeonato do Mundo que participou (Alemanha`2006), citou a falta de pagamento de prémios e ordenados, estágio sem planificação, condições de alojamento e transporte sem dignidade como factores que fragilizam a selecção.

“A falta de ambição não tem sido por parte dos jogadores, porque até o treinador Pedro Gonçalves conseguiu mobilizar uma nata que pode ombrear com qualquer concorrente no CAN”, frisou, reiterando que o obstáculo está mesmo na má planificação dos objectivos.

De acordo com o antigo jogador, formado no Nacional de Benguela, o grupo de D, de Angola, é difícil, sendo importante que a direcção da federação mude o paradigma, se o objectivo for fazer igual ou melhor que nas provas de 2008 e 2010.

Para ele, ultrapassadas todas as questões de organização, Angola tem qualidade para se impor às adversárias da fase inicial, designadamente a Argélia, Burkina Faso, Mauritânia e Camarões.

Sobre a exposição da Taça no país, Akwá  referiu tratar-se de mais um tónico inspirador para os jogadores lutarem por um troféu definitivo, ou seja, para a conquista de um CAN.

Por sua vez, a directora-geral da Total Energies Marketing em Angola, Claire Dutertre, afirmou que a Taça do Campeonato Africano no país visa incentivar os jovens angolanos a lutarem pela sua conquista.

O troféu chegou à cidade de Luanda na quinta-feira, para um programa que incluia uma passeata não concretizada, devidos a forte chuva.

No entanto, entre as actividades realizadas, destaque para uma partida de futebol, no estádio dos Coqueiros, onde evoluiram jovens motoqueiros e taxistas.

No ocasião, os intervenientes tiveram a oportunidade de contacto directo com o troféu mais cobiçado do continente africano em futebol.

Depois de Luanda, o “caneco” passará pela Nigéria, África do Sul, Ghana, Marrocos, Zâmbia, Tanzânia, Camarões e Moçambique até chegar ao palco do evento, a Côte d’Ivoire, no dia 23 de Dezembro.

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